quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

SINTO...




Sinto a agonia da perda, num soluço que espreita,
Na voz que sussurra teu nome, e se lamenta
Dessa nossa bonança quase perfeita
Transformada em tempestade violenta.

Veio a tristeza ensombrar minha mente,
Com ela um aperto no meu peito,
Nos meus olhos um rio se acrescenta,
Nas faces do meu rosto faz seu leito.

Neste inverno que em mim se instala,
Perdem-se as palavras de sentido,
Se todo o passado, por dentro me abala,
Nada se reconstrói do que já foi vivido.

Enxugarei meu rosto com a brisa que vem do mar,
Aproveitarei o sol da primavera por certo,
Fazendo de meu corpo lugar de seu pousar,
Transformando o bisonho em algo belo e concreto.  

dc

Sem comentários:

Enviar um comentário