Apagam-se os números de telefone,
escondem-se as imagens, e as coisas partilhadas, sopramos para o ar, enchemos o
cérebro de tralhas para que o pensamento se afaste, passeamos, mudamos de
restaurante, enfim pretendemos esquecer e, de repente, abrimos um livro e...
como se recuperássemos o disco dum computador, tudo surge da memória, um
nervoso miudinho se instala enchendo os olhos, trazendo tudo à superfície, Nada
do que foi zanga e tudo o que era diferença, se esgotou. Só vemos o sorriso, sentimos
o cheiro, o corte do cabelo, o brilho e a cor dos olhos, o corpo e suas
diferentes dimensões, e uma inesgotável referência às emoções... o calor das
caricias, os beijos, os prazeres descobertos, tudo se desenha novamente perante
nós... será que vale a pena apagar definitivamente o disco, ou será que o reset
foi o sinal de que ainda está dentro do prazo, ou nada finda só por si...
dc
dc
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