domingo, 23 de abril de 2017

Não só silêncio




Não só silêncio

Um inexplicável
Silêncio se instalou
E não só a voz se calou

Foi-se o sorriso
O olho brilhando
A boca mordiscando
As mãos inquietas
As vontades irrequietas
Os momentos instantes
Os cheiros dos amantes
O leito desarrumado

Foi-se a osmose pela pele
No desejo impreciso
No ciúme sem jeito
No exagero de juízo
Na usura das palavras


Silêncio trás a saudade

Nela o avivar da memória
E a dura realidade
De que acabou a nossa estória.

dc






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