terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Viajar dos dias




Quando olhei aquele chão, molhado e a luz que se reflectia na água, agarrei a imagem com o olho da máquina, para que ficasse registada fisicamente, mas muito mais dentro de mim. Era a chamada ”luz ao fundo do túnel”, de que precisava para continuar. Aquele momento aconteceu do nada, como para me lembrar, que haverá sempre uma solução para os problemas da vida, mesmo no intricado emaranhado em que ela nos coloca. Nem a chuva, nem a noite que se aproximava, me tiravam agora a esperança que vi nela. Foi como um despertar interior, uma alerta ao espirito, de que devia continuar a calcorrear aqueles paralelos, levantar a cabeça, e enfrentar os desafios que se vão plantando neste viajar dos dias.

dc




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