Deixaste-me suspensa,
gozando do meu ambiente, Eu sabendo-me presa, mesmo assim gozava a liberdade de
ser quem sou. Não tinha tudo o que ansiava, mas continuava a ser atracção de
muitos olhares, a manter o meu cheiro, que me fazia ser admirada. Acompanhada
com quem gostava de estar e com o gosto nas cores do vestir. Os requebros da
forma, mantinham-se vivos e procurava respirar intensamente para que me
mantivesse viva o mais tempo possível. Quando pela primeira vez me observaste,
senti-me um pouco inibida e não fui capaz de chegar mais perto, embora
reparasse no teu interesse. O Vento ajudou a chamar a atenção sobre mim, possivelmente
terá sido ele que te levou a que me descobrisses, por isso estou-lhe grata.
Foste alguém que preferiu a manutenção da minha liberdade e vida, a ser
colocada na água fria de uma relação de duração duvidosa. Apreciei, e embora
sejamos só nós dois a viver o momento, no silêncio que sempre me rodeia, sei que
todos acabarão por ficar gratos por não me ter afastado.
dc.
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