quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Acasos




Os acasos escorrem por dentro de nós, como bebida fresca no verão, ou chocolate quente de inverno, fazem-no de forma atrevida, inesperada, assenhorando-se do momento, alegrando-nos. Nem todos os acasos são agradáveis, há alguns dolorosos, que surgem como uma topada, de pé descalço, na pedra que surge inesperada, no caminho. Acasos que parecem surgir, como que respondendo a solicitações do corpo, às vontades e desejos guardadas no subconsciente. Explodem sempre no momento certo, como uma espécie de despertador, quando a esperança não é muita, ou o atrevimento é excessivo. Nada acontece por acaso, diz o povo, possivelmente não, ele surge como o reflexo de uma elaboração refinada, dentro nós próprios. Tão refinada elaboração, que até parece ser por acaso. Quando ela, por acaso surgiu, foi a bebida fresca de verão, quando partiu, não por acaso, foi a topada na pedra do caminho, que por acaso, faz lembrar outro dito do povo: Quando uma porta se fecha, logo outra se abre. Será que isto também é por acaso?

dc



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