A saudade talvez diminua, de acordo
com as características dos “tecidos envolvidos”, da paciência, da força de
vontade e cuidados para que se evitem situações que nos tornem incapazes de a
superar
Saudade que vem da ausência,
a que a realidade dos dias obriga, que acaba no reencontro. Saudade de algo que
não sai de nós, sem cura visível, como uma fissura com fluido intersticial, que
só os parafusos do tempo ajudam a cicatrizar. Saudade por alguém, que parte
para sempre e do qual, se resíduos na memória, como se dum membro amputado, não
reconhecêssemos a sua ausência.
Saudade de muitas coisas e outras
tantas difíceis de enumerar...Os lugares onde fomos felizes, as pessoas da
nossa vida, as mãos que se ausentam, o perfume que se pressente, a sonoridade
do riso, a voz e suas tonalidades, os olhos e sua diferente claridade, o espaço
por preencher, a espera infinita...E assim por diante.
dc
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