sábado, 6 de outubro de 2018

E assim por diante





A saudade talvez diminua, de acordo com as características dos “tecidos envolvidos”, da paciência, da força de vontade e cuidados para que se evitem situações que nos tornem incapazes de a superar
Saudade que vem da ausência, a que a realidade dos dias obriga, que acaba no reencontro. Saudade de algo que não sai de nós, sem cura visível, como uma fissura com fluido intersticial, que só os parafusos do tempo ajudam a cicatrizar. Saudade por alguém, que parte para sempre e do qual, se resíduos na memória, como se dum membro amputado, não reconhecêssemos a sua ausência.
Saudade de muitas coisas e outras tantas difíceis de enumerar...Os lugares onde fomos felizes, as pessoas da nossa vida, as mãos que se ausentam, o perfume que se pressente, a sonoridade do riso, a voz e suas tonalidades, os olhos e sua diferente claridade, o espaço por preencher, a espera infinita...E assim por diante.

dc


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