Como garras, estendidas em
direção ao céu, absorvendo o ar e todos os aromas que a rodeiam, eis os braços
da videira despida de folhas. Cepa agarrada à terra há longos anos, enquistando-se
e apurando com a sua antiguidade e nas podas sucessivas a sua qualidade. Dela irão
surgir os seus melhores frutos, que enriquecerão a produção desse néctar
delicioso, que acalenta bocas curiosas de sabores infindáveis, abrilhantando
momentos de êxito e amor. Quase só, entre nós observadores e a natureza, se
fica na espera do novo ressurgir, dando sinal da sua “raça” e vontade de dizer
presente desafiando o nosso olhar. Tal qual um ser humano, a quem a idade não retira a sua beleza, nem sabedoria e
que se adequa ao sabor dos tempos de mente aberta e lúdica num “carpe diem”.
dc
dc
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