quarta-feira, 28 de novembro de 2018

A videira




Como garras, estendidas em direção ao céu, absorvendo o ar e todos os aromas que a rodeiam, eis os braços da videira despida de folhas. Cepa agarrada à terra há longos anos, enquistando-se e apurando com a sua antiguidade e nas podas sucessivas a sua qualidade. Dela irão surgir os seus melhores frutos, que enriquecerão a produção desse néctar delicioso, que acalenta bocas curiosas de sabores infindáveis, abrilhantando momentos de êxito e amor. Quase só, entre nós observadores e a natureza, se fica na espera do novo ressurgir, dando sinal da sua “raça” e vontade de dizer presente desafiando o nosso olhar. Tal qual um ser humano, a quem a idade não retira a sua beleza, nem sabedoria e que se adequa ao sabor dos tempos de mente aberta e lúdica num “carpe diem”.

dc

Sem comentários:

Enviar um comentário