quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Adormecemos a contar beijos




Na noite que chega, eu abraço-te, estás segura nos meus braços, como se eles fossem seu abrigo. O Seu corpo treme quando sente os meus lábios nos seus. Aproximo a minha boca do seu pescoço, que beijo enquanto acaricio o seu cabelo. Eu sinto pela pele como se as minhas mãos estivessem sempre nela. Num registo quente da urgência de nos possuirmos, antes que noite nos leve para os sonhos. Não hesitamos em procurar um pelo outro, um sobre o outro, no beijo molhado, nas línguas ousadas e nos olhar. Sem pressa, ousamos explorar, todos os lugares onde a boca anseia e a onda de prazer nos leva. Vamos nos desfrutando, até que a explosão dos sentidos chegue, uma espécie de vulcão em erupção inunda-nos marcando os lugares do corpo. O sono vem e prolonga nos sonhos o que foi vivido. Adormecemos a contar beijos.

dc

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