Esboçou vezes sem conta, procurando
encontrar o espaço, a proporção ideal e as soluções, faltava encontrar o lugar
onde construir e o dinheiro para realizar. Teria de ser um qualquer lugar com
árvores e junto da água, de preferência a do mar, mas poderia ser um rio, um
lago uma barragem, um qualquer espelho de água que lhe permitisse pousar os
olhos, sempre que se sentisse cansado dos dias. Ele tinha em mente um sítio
especial que visitava frequentemente e que correspondia à maioria das suas premissas.
O sonho ele tinha e a ideia base para construir a casa, o lugar poderia ser,
mesmo aquele que tanto visitava. O único obstáculo era a falta de condições
financeiras para realizar o seu objectivo.
Muita gente diz, para “pensar positivo”,
que “tem de fazer isto e aquilo”, para “se obter é preciso trabalhar,
esforçar-se”, “nada é de graça” e um sem fim de chavões, mas ele na realidade
só apostava no euromilhões, essa sorte tardia, que nunca chega, porque não via “lura
onde saísse coelho”, toda a sua vida fora de trabalho e estudo. Como essa gente
que tantos conselhos dão, também ele pensava, que estava a um bocadinho assim,
pequenino, assim muito pequeno de conseguir, e pondo os dedos, polegar e
indicador, a meio centímetro de distância, expressando a dimensão. Afinal era
só dinheiro e o dinheiro não dá felicidade, não é? Pois é, esse vil metal que
não dá felicidade, que era o necessário para dar o empurrão que precisava para
resolver o sonho.
Reflectindo, sobre o assunto, especulando e alargando o leque dos pensamentos, dizia de si para si: por que razão o mundo, tendo evoluído, desta forma actual, com uma natureza rica de diversidade, com seres humanos de diferentes cores e raças, com uma inteligência que se julga diferente e superior, a todos os outros seres que habitam à superfície da terra, nos deixa a léguas de realizar o qualquer ser humano deveria ter por direito? Alguém que cria as cidades, inventa e projecta, desenvolve e aplica os seus conhecimentos científicos, e que se encontra limitado a uma mentalidade economicista que lhe impede de ser livre e poder ver e visitar diferentes lugares do mundo, de ter uma casa, e de poder, se quisesse realizar os sonhos, que não colidem com os interesses de outros? Uma sociedade com diferenças entre seres “humanos” tão acentuadas. Afinal o que pretendem esses que têm milhões em contas de bancos, que exploram seres humanos, para terem dinheiro e luxos, que alguns deles nem apreciam? Não são eles que proclamam que o dinheiro não traz felicidade? Pois pimenta no … dos outros é refresco, como tal todos temos o garrote que nos limita a ser escravos em qualquer momento da história da humanidade. Somos a democracia de direito zero, a favor do direito em numerário de uns poucos.
dc
Reflectindo, sobre o assunto, especulando e alargando o leque dos pensamentos, dizia de si para si: por que razão o mundo, tendo evoluído, desta forma actual, com uma natureza rica de diversidade, com seres humanos de diferentes cores e raças, com uma inteligência que se julga diferente e superior, a todos os outros seres que habitam à superfície da terra, nos deixa a léguas de realizar o qualquer ser humano deveria ter por direito? Alguém que cria as cidades, inventa e projecta, desenvolve e aplica os seus conhecimentos científicos, e que se encontra limitado a uma mentalidade economicista que lhe impede de ser livre e poder ver e visitar diferentes lugares do mundo, de ter uma casa, e de poder, se quisesse realizar os sonhos, que não colidem com os interesses de outros? Uma sociedade com diferenças entre seres “humanos” tão acentuadas. Afinal o que pretendem esses que têm milhões em contas de bancos, que exploram seres humanos, para terem dinheiro e luxos, que alguns deles nem apreciam? Não são eles que proclamam que o dinheiro não traz felicidade? Pois pimenta no … dos outros é refresco, como tal todos temos o garrote que nos limita a ser escravos em qualquer momento da história da humanidade. Somos a democracia de direito zero, a favor do direito em numerário de uns poucos.
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