Entre quatro paredes vazias,
vivendo do seu próprio relevo, deixam um espaço maior para observar a
sensualidade da tua expressão, a singeleza do vestir exíguo, o teu porte sugerindo
a aventura de descobrir para além da superficialidade das coisas. Sempre
tiveste o condão de me enlevar, despertando em mim todas as fantasias de voar
por esse céu, onde os beijos são nuvens de algodão e a realidade possível é uma
orgia de emoções. Gosto de derrapar nessa estrada sem fim, onde me levas, mesmo
sabendo da dificuldade de atingir o teu horizonte. Entrego-me não contando o tempo e vivo enquanto dura.
dc
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