quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Vivo enquanto dura


Entre quatro paredes vazias, vivendo do seu próprio relevo, deixam um espaço maior para observar a sensualidade da tua expressão, a singeleza do vestir exíguo, o teu porte sugerindo a aventura de descobrir para além da superficialidade das coisas. Sempre tiveste o condão de me enlevar, despertando em mim todas as fantasias de voar por esse céu, onde os beijos são nuvens de algodão e a realidade possível é uma orgia de emoções. Gosto de derrapar nessa estrada sem fim, onde me levas, mesmo sabendo da dificuldade de atingir o teu horizonte. Entrego-me não contando o tempo e vivo enquanto dura.

dc



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