Vieste em meu sono,
desesperar meus sentidos, atazanar meus remorsos e descuidar minha vida. Tanto
tempo descansado, paulatinamente vivendo, mesmo com mágoa ainda nas veias e
pensamento, mas acalentando sossegos, que agora mais necessito, do que agitação
de descaminho. Longos foram os dias, inalando cada brisa, sondando teu cheiro, e
de porta encostada, na espera da tua entrada. Levanto os braços na matinal
preguiça do nascer do dia, como se fosse súplica, para não te abeirares dos
meus sonhos, para que não se transformem em insónia de espera nunca mais
realizável.
dc
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