Alimentamos fantasmas,
esgotando a capacidade de entendimento. Procuramos razões, fugimos de nós, sem
saber onde tudo começou e acabou, desviamos os olhos e o pensamento, para o
lugar das flores, na espera de que o seu aroma nos distraia, da sujeira que nos
rodeia, como paliativo, ou disfarce, da precariedade em que vivemos e das dores
que somos tomados. Torna-se difícil tolerar, os que usam o poder, para nos
enganarem, dizendo que estão do nosso lado. Levam-nos ao extremo das
dificuldades e depois tentam corromper-nos a moral, dando o dinheiro que nos
foi roubado. Eles preocupam-se com os outros, em guerras e terras distantes, e
esquecem-se daqueles que diariamente são espoliados na sua casa. Não é o povo
que faz as guerras, permite o enriquecimento dos bancos, e dos oligarcas, ele só conhece uma
coisa, o trabalho e ter de lutar diariamente, desde que nasce, para possuir
algo que minimize as más condições materiais, culturais e de saúde, necessárias
à sua subsistência. Continuamos, resistindo e persistindo em contrariar esse,
quase destino, acreditando que um dia, com o esforço comum dos povos, possamos
impedir que parasitas nos governem, e poderes subterrâneos imponham as suas
vontades.
dc
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