sábado, 5 de novembro de 2011

"Este pais neste momento é mesmo um pardieiro muito mal frequentado"



Ele assusta as meninas/os das canções, algumas até dizem, “que ele é um grosso” por dizer na cara das pessoas, o quanto são ridículas ou incompetentes, ou por não pôr “paninhos quentes”, quando tem de chamar à razão alguns pretendentes com pretensões a ídolos, e têm pés de barro”. Eu próprio diria, o mesmo depois de assistir a alguns bocados dos seus programas, embora aprecie a frontalidade das pessoas. No entanto, hoje, ao ver este vídeo que abaixo coloco, percebi os porquês, do mau humor do sr. Manuel e dou-lhe toda a razão, de facto eu também ando chateado.  Só não estou de acordo com "impassividade"

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

PARA ESCLARECIMENTO, PUBLICO O QUE É PÚBLICO

Tempo de minhocas e de filhos de meretriz

“O dia deu em chuvoso”, escreveu Álvaro de Campos. Num tempo soturno, melancólico, deprimente. “Tempo de solidão e de incerteza / Tempo de medo e tempo de traição / Tempo de injustiça e de vileza / Tempo de negação”, diria Sophia de Mello Breyner. Tempo de minhocas e de filhos da puta, digo eu. Entendendo-se a expressão como uma metáfora grosseira utilizada no sentido de maldizer alguém ou alguma coisa, acepção veiculada pelo Dicionário da Academia e assente na jurisprudência emanada dos meritíssimos juízes desembargadores do Supremo Tribunal da Justiça. Um reino de filhos da puta é assim uma excelente metáfora de um país chamado Portugal. Que remunera vitaliciamente uma “sinistra matilha” de ex-políticos, quando tudo ou quase tudo à nossa volta se desagrega a caminho de uma miséria colectiva irreversível.

Carlos Melancia, ex-governador de Macau, empresário da indústria hoteleira, personificou o primeiro julgamento por corrupção no pós 25 de Abril. Recebe, actualmente, 9500€ mensais; Dias Loureiro, um “quadrilheiro” do círculo político de Cavaco, ex-gestor da SLN, detentora do BPN, embolsa vitaliciamente 1700€ cada mês; Joaquim Ferreira do Amaral, membro actual da administração da Lusoponte com a qual negociou em nome do governo de Cavaco Silva, abicha 3000 €; Armando Vara, o amigo do sucateiro Godinho que lhe oferecia caixas de robalos e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos, enfarda nada mais nada menos que 2000€; Duarte Lima, outro dos “quadrilheiros” do círculo político cavaquista, acusado pela justiça brasileira do assassinato de uma senhora para lhe sacar uns milhões de euros, advogado na área de gestão de fortunas, alambaza-se mensalmente com 2200€; Zita Seabra, que transitou do PCP para o PSD com a desfaçatez oportunista dos vira-casacas, actual presidente da Administração da Alêtheia Editores, açambarca 3000€… E muitos, muitos outros, que os caracteres a que este espaço me obriga, me forçam a deixar de referir.

Quero, no entanto, relevar um deles – Ângelo Correia, o famoso ministro do tempo da chamada “insurreição dos pregos”, actual gestor e criador de Passos Coelho que, nesta democracia de merda, chegou a primeiro-ministro “sem saber ler nem escrever”! Pois Ângelo Correia recebe 2200€ mensais de subvenção vitalícia! E valerá a pena recuperar o que disse este homem ao Correio da Manhã em 14 de Junho de 2010: “A terminologia político-sindical proclama a existência de ‘direitos adquiridos’ (…) Ora, numa democracia, ‘adquiridos’ são os direitos à vida, à liberdade de pensamento, acção, deslocação, escolha de profissão, organização política (…) Continuarmos a insistir em direitos adquiridos intocáveis é condenar muitos de nós a não os termos no futuro.” Ora, perante a eventual supressão da acumulação da referida subvenção vitalícia com vencimentos privados, o mesmo Ângelo Correia disse à RTP em 24 de Outubro de 2011: “Os direitos que nós temos (os políticos subvencionados) são direitos adquiridos”! Querem melhor? Pois bem. Este é o paradigma do “filho da puta” criador. Porque, depois, há o “filho da puta” criatura. Chama-se Passos Coelho. Ei-lo em todo o seu esplendor, afirmando em Julho de 2010: “Nós não olhamos para as classes médias a partir dos 1000€, dizendo: aqui estão os ricos de Portugal. Que paguem a crise”. E em Agosto de 2010: “É nossa convicção não fazer mais nenhum aumento de imposto. Nem directo nem encapotado. Do nosso lado, não contem para mais impostos”. Em Março de 2011: “Já ouvi o primeiro-ministro (José Sócrates) a querer acabar com muitas coisas e até com o 13.º mês e isso é um disparate”. Ainda em Março de 2011: “O que o país precisa para superar esta crise não é de mais austeridade”. Em Junho de 2011: “Eu não quero ser o primeiro-ministro para dar emprego ao PSD. Eu não quero ser o primeiro-ministro para proteger os ricos em Portugal”. Perante isto, há que dizer que pior que um “filho da puta”, só um “filho da puta” aldrabão. Ora, José Sócrates era um mentiroso compulsivo. Disse-o aqui vezes sem conta. Mas fazia-o com convicção e até, reconheço, com alguma coragem. Este sacripanta de nome Coelho, não. É manhoso, sonso, cobarde. Refira-se apenas uma citação mais, proferida pelo mesmo “láparo”, em Dezembro de 2010. Disse ele: “Nós não dizemos hoje uma coisa e amanhã outra (…) Nós precisamos de valorizar mais a palavra para que, quando é proferida, possamos acreditar nela”. Querem melhor?
“O dia deu em chuvoso”, escreveu Álvaro de Campos. É o “tempo dos coniventes sem cadastro / Tempo de silêncio e de mordaça / Tempo onde o sangue não tem rasto / Tempo de ameaça”, disse Sophia. Tempo para minhocas e filhos da puta, digo eu. É o tempo do Portugal que temos.

Nota – Dada a exposição pública do jornal com esta crónica na última página, este título destina-se apenas a não ferir as sensibilidades mais puras. Ou mais púdicas. Luís Manuel Cunha in Jornal de Barcelos de 02 de Novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

SOMOS UM POVO ABORRECIDO.....?

 A maior desgraça de uma nação pobre, é que em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mia Couto
Estamos a precisar de pôr grilhetas nos pés, talvez assim nos lembremos, que não queremos ser escravos dos que têm o Poder do Dinheiro.
Dói ver todos dos dias, humoristas, pseudo-democratas, comentadores de algibeira, economistas que não vêm mais do que números, gestores de barriga cheia, a dizer que o país está em causa. Que país está em causa, o desses senhores, que estão preocupados com o seu status, ou do Povo que trabalha haja crise, ou não e a quem se vai sonegar o pouco já têm para que não seja posta em causa a economia? Economia de quem e para quem, a favor de quem, foram eles os responsáveis pela crise??? Façam-me rir, mas a coisa não está para brincadeiras, se o dinheiro mudou de mãos o melhor é procurar porquê e para que mãos.
Já cansei de ver noticiários entremeados com anúncios de concursos sobre Gordos que querem ser magros e de Magros que querem ser Gordos. De casas com Segredo e Segredos dentro da casa, de crises  nos futebóis e de futebóis na crise, de Pró sem Contras, onde o que ontem era verdade, hoje é mentira e dito de boca cheia, pelas mesmas alminhas sem cor. Sim, já cansei dessa fantochada toda, que pretende alienar todo o Povo fazendo-o esquecer os seus problemas.
Não quero correr o risco de ser um transgénico, e transformar-me num coelho, ou pedaço de relva descolorida. Por isso "democraticamente" me manifesto contra as medidas tenebrosas, que almas sem espinha, nos querem impor.
Resta-me ainda a esperança, de que o Povo se vá cansando e um dia destes acorde e com um pontapé bem acertado, os mande para o outro lado da cerca.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O DIREITO AO DELÍRIO


Sempre fui contra os transgénicos pelo perigo que representam para a saúde pública. Embora alguns indivíduos defendam tal feito e sua utilização, nós já temos a prova de que as Relvas não são boas para a nutrição, nem para o bem estar da nação. No entanto há Coelhos que plantam Relvas para que não lhes falte comida, e não entendem nem da política nem da vida. Aqui vão algumas ideias de Eduardo Galeano, para ver se aprendem a conhecer o que ao povo interessa ter e saber.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ajuste de Contas com o 25 de Abril

Coloco aqui este texto que me foi enviado por entender servir a causa de quem trabalha e é um alerta para o futuro imediato.

A direita mais trauliteira, aproveitando a crise do euro, e o silêncio conivente do PS, investiu descabeladamente contra o 25 de Abril.
Esta gente a quem bastava uma “Primavera Marcelista” não se conforma com uma sociedade com organizações sindicais, um mundo de trabalho com direitos, bem como uma concorrência feita pelo ensino público ou no negócio da saúde pelo SNS.
Quem tiver dúvidas sobre o que afirmo, pense na repúdio mostrado publicamente pelos mais altos dignatários deste País, em transportar o simples símbolo do 25 de Abril, ou seja um cravo vermelho. Um simples símbolo que incomoda o Presidente da República, a maioria dos Deputados, a quase totalidade dos juizes de todos  os tribunais, obrigando alguns  Deputados do PS a suportar com ar enfastiado tal símbolo para parecerem diferentes.
Pretendem restabelecer uma ordem social Salazarenta, onde o Capital faça a sua lei sem contestação; onde ter trabalho seja uma benesse e não um direito. Quando entrar em vigor as novas leis de indemnização e despedimento, vai ser um fartar vilanagem, com despedimentos a gosto do patronato mais conservador e inculto.
Este ataque, não vem de agora; vem desde o momento, em que os responsáveis deste País, resolveram destruir a agricultura, as pescas e a indústria, retirando assim qualquer ferramenta de sobrevivência a este País.
Só que acharam chegado o momento do assalto final.
A traição vai tão longe, que anunciam-se a venda de empresas fundamentais para a nossa economia e a nossa independência  ao preço de um prato de lentilhas tais como a EDP, a TAP, ou as Águas de Portugal.
Pouco cultos e desconhecedores da história dos povos, bem como da sociologia, esta casta que acha que os números são só isso mesmo, abrem as portas de par em par, a uma contestação generalizada, qual tsunami que nenhum dique ou polícia conseguirá conter.
O ponto de ruptura social, já enunciado, por várias figuras importantes da nossa sociedade, desde sociólogos a algumas figuras maiores do nosso clero, está eminente. Nada trava esta gente dos seus intuitos. Sempre se disse e é verdade que a ignorância é muito atrevida.
A contestação social generalizada, pode gerar o caos, e potenciar o resultado pretendido por estes vendilhões do templo, como pode originar a fuga apressada destes traidores, caso essa contestação seja organizada, uma vez que a coragem nunca foi um dos seus atributos.
Quando alguém afirma  não haver alternativa, o que está a querer dizer, é que não existe alternativa para os seu objectivos.
Mais cedo que tarde a renegociação da dívida tal como cada vez mais responsáveis o vêm afirmando, virá para cima da mesa.
Arrisco-me a dizer que se vislumbra já no horizonte um Portugal com duas moedas;
O euro para a cena internacional(importações, exportações), e o retornado escudo para toda a actividade interna, dando assim ao nosso país uma ferramenta financeira que não possui neste momento. Será doloroso mas vai ser assim.
Dizem os sábios na matéria que depois deste assalto governativo, a população Portugue-as ficará entre 40 a 60% mais pobre.
Quanto mais cedo atacarmos o problema melhor será para todos aqueles que querem bem ao seu País.

Rui Viana Jorge
Eng.Téc.

OPINIÕES SOBRE A CRISE




Parei na esplanada para tomar algo, aproveitando o jardim em frente para de vez em quando espraiar o olhar enquanto lia o livro que tinha trazido. O meu prazer foi rapidamente interrompido, por culpa do sr. Coelho e dos Passos que ela anda a dar para lixar o Zé.
Dois casais caminhavam em direcção à esplanada e em voz alta discutiam o que se estava a passar na função pública, quanto a despedimentos e cortes que se avizinham.
Como sempre acontece, na maioria do povo que é explorado, por falta de cultura e honestidade bacoca, a primeira coisa que eu ouvi comentar foi o seguinte: “também há muita gente hoje em dia que não quer trabalhar, quer um emprego, preferem estar no fundo de desemprego a fazer alguma coisa”. Depois no decorrer da conversa, esquecendo-se do que tinha dito, corroborou com o colega de mesa, que começou a lamentar-se dos centenas de euros que no próximo ano iria perder com a falta de subsídio de Natal e de férias, lembrando ser uma injustiça, pois as pessoas não contavam receber menos, já este ano, mas já tinham decidido, acabar com as prendas e havendo dinheiro para comidinha, já era muito bom.
Distanciei-me da conversa, e comecei a pensar...
Esta gente, pensa na crise como se fosse culpada e nem se apercebe, que a crise só  demonstra, é que o dinheiro mudou de mãos. Se raciocinarmos um pouco logo sabemos que dinheiro não foi queimado. O dinheiro foi desviado dos bancos, dos governos e de uns investidores, para enriquecimento de uns quantos, que dizendo perder dinheiro todos os dias, se aproveitam da crise e compram ao desbarato investindo na desgraça dos outros.
Aquelas pessoas estavam a esquecer-se que os que estão no fundo de desemprego, ganham 65% do salário que auferiam, e portanto ao irem trabalhar pelo mesmo dinheiro, têm mais despesa e estão a perder favorecendo o empregador, que vai querendo pagar cada vez menos?. Esquecem-se que a Administração Pública tem despedido funcionários de alguns sítios, e depois vão requisitar outros que estão no F. Desemprego, pagando muito menos, o que significa que pagamos com dinheiro que ao desempregado está destinado, criando mais desemprego?.
De facto as pessoas querem empregos, pensando estar a viver no tempo em que os seus direitos eram defendidos, permitindo-lhes estabilidade para garantirem as suas despesas e compromissos assumidos. Hoje emprego, ou trabalho são situações idênticas. O paradigma mudou. Administradores, directores e outros cargos de top são escolhidos pelas competências e conhecimentos profissionais na área(?), e os trabalhadores escolhidos pela capacidade de sujeitarem a trabalhar em qualquer profissão, em qualquer lugar e com o salário que “eles” entendem pagar e se houver dinheiro. Tudo isto independentemente da sua área de formação, ou habilitações.
Sabe-se, que hoje em dia nascem e morrem profissões, ou deixam de ter a mesma importância, no mercado de trabalho, devido às constantes evoluções tecnológicas, redimensionamentos e descobertas científicas. Nestas mudanças quem menos sofre, são os que exercem cargos de chefia, não só porque mandar é um “dom” e como tal estão acima de qualquer mudança, ou especificação, mas também porque, quando necessário,  fazem reciclagem, na maioria dos casos paga pela empresa, nem que seja nas Ilhas Malvinas, para se recomporem do stress.
Ainda há dias um sr. Mira-Te Mal, engº que fala de economia (?), porque está ligado à banca, defendia que as medidas do governo tinham de ser tomadas e falava de sacrifícios. Entretanto é visto a sair de um restaurante de luxo e a entrar para um carro alemão(?) de gama alta, com a matricula de Junho de 2011, ou seja, “olha para o que eu digo não olhes para o que eu faço”. 

“ E nós o povo que fazemos?”
“ Deixar de falar de quem trabalha”.
“ E nós povo já sabemos
  que este país só anda com quem trabalha”

“ Há um cheirinho no ar de que a mama tem de acabar”

“ E nós o povo o que devemos fazer?”
“ Ir para rua mandá-los trabalhar”

“ E nós povo o que temos de fazer?”

“ Recuperar o que nos andam a tirar”
“ Pôr os ricos viveram com o salário com estamos a viver”
“ Para assim aprenderem a sofrer e a trabalhar?


domingo, 30 de outubro de 2011

A Ponte para Eternidade

Um livro sobre o amor, sem lamecha, onde se fala do medo de arriscar e expressar os sentimentos, da dificuldade de entender o conceito de liberdade dentro de uma relação, onde se esclarece que nas relações amorosas, “almas gémeas” não existem, mas pessoas diferentes que se completam, e onde se fala da vida a dois com, ou sem casamento. Um livro que fala das pontes necessárias ao entendimento a dois, sem distinção de idades, classes sociais, ou do tipo de relacionamento porque optaram.
Este livro, de Richard Bach, cuja a 7ª edição da Europa América está datada de 1993 e teve duas edições seguidas em Junho de 1986, continua a ser um livro bastante interessante de ler nos dias de hoje.
Podemos não valorizar a qualidade da escrita, mas a história que trespassa as 270 e muitas páginas, continua a valer a pena ler.

Richard Bach é também autor dos livros: “Não Há Longe Nem Distância”, “Fernão Capelo Gaivota”, “Biplano”, “Estranho à Terra” e “Um”