As mãos percorrem-lhe o corpo. Procuram acalmar-lhe o cansaço e as dores que o incomodam. Lentamente, quentes e poderosas, vão procurando nos interstícios de cada músculo, de cada ligação articular, de cada espaço da pele, acalmar a dor e o stress acumulado. Aqui são as mãos que falam ao corpo.
Não existe pensamento, só dedos que mexem, que pressionam, que afagam e um corpo esperançado no retorno ao bem estar. Toda a zona massajada começa a reagir, a realidade se esbate e uma espécie de limbo se instala.
Depois as mãos deslizam, se instalam na nuca percorrendo a zona da cervical, pressionando vários pontos dolorosos ali contraídos e vão caminhado em direcção ao rosto, sempre comprimindo as faces, as sobrancelhas, o lobo das orelhas, o queixo. A certo momento as mãos, em concha, sobre a face vão transmitindo calor numa sensação agradável que ao mesmo tempo nos transportam para longe e nos trazem a necessidade de ficar.
O tempo pára, e quando de repente nos apercebemos, abrimos os olhos, vemos a manta que nos cobre e que nada existe, somente nós.
Até uma próxima vez, tudo em nós está mais activo, mais disponível e renovado para enfrentar os dias.
Que pena não podermos todos ir à massagem!
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