domingo, 25 de março de 2012

PRIMAVERA A QUENTE



Com alguma serenidade, vejo sol, enchendo de luz o dia. Tudo se desenrola na lentidão, no “dolce farniente”, de um domingo de Primavera, com as árvores despontando novos rebentos, que as irão, brevemente, colorir, perspectivando os novos frutos.

É bom aproveitar este belíssimo tempo de acolhimento, com que a Primavera nos brindou, para não termos de ficar em casa a ouvir as notícias arrepiantes, com mais promessas de agressão moral e económica ao povo português.

Aconselho todos os portugueses a aproveitar o sol, e a possibilidade de uns passeios a pé, - como sabemos, os combustíveis estão com preços proibitivos - antes, que um destes dias nos comecem a cobrar por usufruir desses bens, com que natureza nos destinou, para pagar a dívida pública. Se têm dúvidas, pensem na privatização da água e não levem a minha sugestão a brincar.

Para aqueles que sempre fizeram questão de falar na Primavera de Praga, cabe-lhes agora falarem da Primavera de Lisboa e Porto, onde na 5ª feira passada, à bastonada, o governo deu uma ideia inequívoca de como no futuro se pretende impor. Exagero? Talvez, se não pensarmos como, paulatinamente, temos vindo a ser espoliados dos mais elementares direitos sociais.

Vivamos intensamente a Primavera, e preparemo-nos para não deixar, que nos queimem o verão das nossas vidas.

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