quarta-feira, 29 de agosto de 2012

“Pequeno-Almoço, Precisa-Se!!!”


Sábado dez horas da manhã Agosto. Saímos de casa com a intenção de tomar um pequeno almoço, gostoso, numa das muitas e belíssimas confeitarias de Matosinhos fugindo assim aos sítios onde habitualmente íamos.
Dirigimo-nos para o “M”, estava fechado, para o “E”estava fechado. Deixamos o carro no estacionamento, e tentamos o “R”, fechado. Andamos mais um pouco e nada, tudo fechado. Agora onde ir? Vamos para o carro novamente e circulamos mais um pouco “D” fechado. Nesse nosso circular vamos reparando também nos múltiplos restaurantes fechados. Por fim, em desespero de causa, aí vamos nós para o “A”, que não queríamos, mas teve que ser.
Enquanto mastigávamos um croissant enorme, não à francesa, mas bem à portuguesa carregado de açúcar, analisamos o acontecido. O que faz com que todos escolham o mês de Agosto para passar férias?

O mês de Agosto é o mais calmo na cidade, porque essencialmente os que andam nas ruas são, os que vêm passar férias, sejam eles nacionais ou estrangeiros, os que frequentam as praias e os que não querem nem podem deixar de trabalhar nestes meses de férias. Se pensarmos bem, o mês de Agosto é o melhor para se visitar a cidade, para trabalhar e viver sem stresse. O número de carros é reduzido no centro da cidade, e todos os serviços, excepto os ligados às necessidades dos emigrantes, praticamente estão desertos.

Segundo dizem governantes e especialistas, há que aproveitar e dinamizar o turismo para entrarem divisas e desenvolver o país. Pode-se observar que na crise existente, em termos de sacrifícios tem afectado a maioria dos empregados, e parece não afectar os responsáveis pelo fecho das empresas ou estabelecimentos, pois estes se arrogam no direito de terem férias como os outros em Agosto(????). Afinal há crise ou não há? Afinal o turismo interessa, ou é só para “ inglês ver”?

Se em algumas indústrias, não afectam as férias em Agosto, muitas outras existem em que o seu fecho é uma perturbação.

Penso, mais do que nos tirarem feriados, seria importante estabelecer uma estratégia, de distribuição dos meses de férias de molde a beneficiar o turismo e o país, não se tornando num espaço deserto que se visita. Talvez assim se trouxessem benefícios efectivos às várias áreas de intervenção comercial e produtiva.

Naquele dia quase me apeteceu gritar, “Pequeno-Almoço precisa-se!!!”

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