quinta-feira, 20 de setembro de 2012

CApTAR IMAGENS

Sei que não fácil entender e é difícil de explicar, o quanto é importante fixar momentos de vida através de uma imagem que nos entra pelos olhos. Quase sem reflectir fazemos o enquadramento, focamos, calculamos a luz, encontramos o punctum como dizia Barthes e carregamos no disparador.

“As imagens falam por si”, diz-se. Momentos únicos de uma passagem do tempo, que falam de uma outra vertigem, um olhar, com ou sem cor, conforme o prazer estético que se pretende. Interpretar e ver a realidade com outros olhos, captando subtilezas, aproveitando a luz e suas potencialidades, composição e interacção dos elementos na estrutura da imagem.

Se para alguns é uma acto fortuito, ou uma pausa para fixar lembranças de férias, festas, etc., para memória futura, para outros é algo mais do que isso, é paixão, orgulho tensão, emoção, trabalho, cartão de visita de competência, e qualidade de escolha. É uma relação amorosa entre o que se depara perante o olhar e a técnica com que se capta e descreve o que se viu.

Talvez por isso desejamos que todos apreciem o que fizemos e do que fomos capazes e assinamos por baixo o nosso orgulho. Egoísmo? Vaidade? Talvez, mas que lhe havemos de fazer se paixão é tão grande?

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