sábado, 6 de outubro de 2012

PESADELO....


A voz insonora repete as frases indefinidamente como sussurrasse aos ouvidos de dentro para fora. É a nossa mente a trair-nos a efabular levando-nos à desconfiança aos medos. As frases repetem-se sucessivamente. Quem nos observa, vê os olhos vermelhos raiados de sangue, as pálpebras inchadas, e as olheiras marcando o rosto, mostram o cansaço das inúmeras noites mal dormidas. É um ciclo vicioso, as vozes silenciosas que andam passeando na nossa cabeça não nos deixam descansar, não descansando o número de vozes aumenta e a confusão dos diferentes discursos.
A nossa vida íntima mistura-se com a vida profissional. Ficamos parados por dentro e por fora, sem saber como ultrapassar toda a pressão exercida.

Queremos ter vida. Nascemos para ter uma vida seja ela qual for, já passamos de primitivos, a escravos, destes a pessoas livres, no entanto parece quererem que façamos o ciclo ao contrário voltemos aos tempos primitivos. Tudo o que obtivemos tecnologicamente, todo o progresso atingido até aos dias de hoje, cada vez mais serve a “casta superior” dos que mandam, dos que governam, nos empregos ou no país. Impingem-nos tudo o que é possível para justificar o retrocesso, usam todas as artimanhas para nos transformarem em seres amorfos e sem vontade própria, tentando reduzir-nos cada vez mais a ratos de esgoto. São pensamentos que nos arredam do nosso mundo de intimidade junto dos filhos, da mulher, dos avós, enfim da família e por fim das amizades.

Quando absorvidos por essas vozes insonoras que nos perseguem, acobardamo-nos e somos vitimas de enganos, desastres, doenças e caminhamos inconscientemente pelo mar adentro perdendo o pé, desaparecendo debaixo da ondulação das emoções...

- Levanta-te...acorda homem...são horas de trabalhar, que se passa contigo hoje?

- Dassss ainda bem que me acordaste sentia-me ir pelo cano abaixo... hoje vou à manifestação chega de ceder a estes sanguessugas que nos tiram a vida.

"Portugal é hoje um paraíso criminal onde alguns inocentes imbecis se levantam para ir trabalhar, recebendo por isso dinheiro que depois lhes é roubado pelos criminosos e ajuda a pagar ordenado aos iluminados que bolsam certas leis."

Barra da Costa

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