quarta-feira, 7 de novembro de 2012

NA PRAÇA ONDE CIRCULO



Na Praça onde circulo fazemos da franqueza a condição, respeitando e falando olhos nos olhos, esclarecendo todas as nossas contradições. Não fugimos de uma “discussão”, conversamos o tempo que for necessário, para que não restem dúvidas e tudo se concilie.

Na Praça onde habito a solidariedade é um facto, não um lugar de oportunidade para “pendurar” interesses individuais. A amizade revela-se um lugar de estar, e partilhar é dividir o sol na esplanada da vida, é trazer à mesa alguém com que divide a refeição, é deixar que os diferentes se misturem numa individualidade aceite.

Na Praça de onde venho, nascer nas chamadas “camadas mais desfavorecidas da sociedade”, não é um estigma, quando dele tiramos a aprendizagem e seguimos o caminho. Podemos evoluir aprendendo e até fazer um curso universitário, mas não chega para ser melhor, se não houver evolução nas diferentes áreas de intervenção da sociedade. Como alguém disse, “aprender, aprender, aprender sempre”.

Nessa minha, nossa Praça, os Homens procuram cultura para evoluírem, amizade para se sentirem humanos, e não consomem novas tecnologias como se fossem um fado, usam-nos como elementos de trabalho na própria evolução do ser humano, sem a frieza e distância que por vezes elas trazem.

Eu gosto desta minha Praça, onde se procura que o egoísmo não resida, a palavra não amedronte, e onde se sabe da importância de construir caminhos atapetados de flores, pontes de sorrisos e abraços para a eternidade.

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