segunda-feira, 25 de março de 2013

COMENTADORES OU COMENDADROES

Gaiola dos Papagaios
Há uns pobres coitados que são comentadores de televisão que passam o tempo a fazer futurologia, sobre politica. Eles não serão certamente tão “coitados” assim, na prática eles sabem bem qual é o seu papel, e desempenham-no tão bem, que de facto parecem uns “coitados”. Quando acertam dizem “ EU não disse!”, quando falham passam ao lado e começam a falar de uma outra figura pública qualquer, ou de uma outra medida, económica e social, área na qual ainda acertam menos, assobiando para o lado. Agora o tema é o regresso do Sócrates, para disfarçar, dar protagonismo e obterem o efeito pretendido, arrasar mais uma vez os PS, antes das eleições, trazendo à liça o seu maior coveiro. Porra lá estou eu a comentar.

Alguns desses comentadores de “democracia” insuspeita, que andam a disparar para todos os lados, mesmo contra os partidos dos quais fazem parte, contra as medidas governamentais, de repente quando ouvem falar em moções de censura, ou que o governo pode cair, gritam aflitos, “ aqui del-Rei, porque precisamos do terceiro, ou quarto pacote da Troika...o país caía para o lado de esgotamento... que tudo seria uma catástrofe, a bancarrota, a banca cosida” e por aí fora.

Afinal para que servem os comentadores, que aparecem todos os dias a comentar, que comentam as acções dos outros e suas falhas, sem falar das suas opiniões e acções que não se concretizam, mas que com muita lata vêem dizer: “não era bem assim, era mais assado, e mais ao lado e depois prá frente”, e todo um chorrilho de asneiras que parecem ser de indivíduos dotados de inteligência acima da média, Assim fica o povo embasbacado, sem saber o que lhes chamar, se comentadores, ou comendadores, ao serviço da comenda dos “gajos da massa”.


Dizem-nos que esses senhores fazem parte da “liberdade de expressão e comunicação” de uma sociedade moderna. Fico confuso, porque não percebo a razão de só haver comentadores praticamente de um quadrante político e não se ouvem de outros sectores de opinião em especial da parte daqueles que são os mais lesados na sociedade.

Privatizaram-se canais televisivos e outros media, com a falsa perspectiva de que haveria mais escolha de programas e de opinião, pelos vistos como o governo, até obter o que queriam defenderam uma coisa, depois de a obterem e estarem no poleiro fazem outra.

Desgraçado povo que tão enganado é e que ainda lhes faz rapapés.


Devíamos fazer uma campanha de vinte e quatro horas sem ver Televisão, um dia sem comprar jornais, um dia sem comprar revistas e por aí fora a ver se estes senhores da comunicação percebiam, inclusive os próprios jornalistas que o povo é quem mais ordena e como tal é para ele e com ele que devem estar independentemente do accionistas.

Hoje os jornalistas já se auto-censuram porque têm medo de perder o emprego, se assim continuamos, vamos dar razão a alguns vendedores da banha da cobra que nos querem vender os jornais formatados da internet e de origem duvidosa.

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