quinta-feira, 14 de março de 2013

TEMOS PAPA ....NÓS TEMOS É FOME

É assim, todos se preocupam com o Papa, que foi eleito e os que têm fome continuam com ela e não fazem parte dos noticiários. Ou seja temos Papa, mas não temos papa, comida, morfos, shop, shop... e por aí fora.

Elegem um Papa, com idade avançada—76 anos—, para que não tenha tempo, nem paciência, para fazer seja o que for e manter tudo o que até agora existe. Vão continuar as lavagens de dinheiro, os negócios de armas, etc.,etc. etc.?? Então a estória de ser eleito um Papa, mais novo, cheio de força na guelra, disposto a corrigir tudo, como se dizia à boca pequena, para onde foi?

Interessante é que escolham um Papa argentino(?). Será coincidência? Hummm...não me cheira. Nada é por acaso,a América Latina estava mesmo a precisar de uma coisa destas, já que os EEUU estão com dificuldade em encontrar uma solução, para resolver algumas espinhas que têm encravadas na garganta com estes novos presidentes populares, em países, onde antes eram réis e senhores.

Fica aqui um extracto de um texto de Júlio C Gambina*
publicado Argenpress.info. 13MAR2013, que ajudará a perceber melhor a situação
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Há 40 anos o neoliberalismo foi ensaiado em nossos territórios com as ditaduras e o terrorismo de Estado, para a seguir estender-se por toda a orbe. A Igreja da Argentina, salvo honrosas e escassas excepções, acompanhou a ditadura genocida nesse parto neoliberal, ainda que agora fale contra a pobreza e a ética.

Um PAPA polaco chegou à Igreja para acompanhar o princípio do fim da experiência socialista, ainda que se discuta o próprio carácter daquela experiência. O capitalismo mundial necessitava do Leste da Europa. A Alemanha assim o entendeu. Os EUA também. Sem o Leste da Europa, já abandonado o projecto socialista original, o mundo deixou de ser bipolar e constituiu-se o rumo unipolar do capitalismo, transnacional e neoliberal.

O rumo unipolar está a ser desafiado pela mudança política na Nossa América e o ressurgir do socialismo, seja pela mão da revolução cubana ou pelos processos específicos que emergem em alguns países (Venezuela ou Bolívia), inclusive em variados movimentos políticos, sociais, intelectuais, culturais, na nossa região.
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         *Presidente da Fundación de Investigaciones Sociales y Políticas, FISYP .

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