Pisava a terra do caminho ladeado de pequenas flores amarelas com os seus pés muito verdes, sentindo o vento zurzir os seus ouvidos, enquanto o mar, ao seu lado, perdido no infinito horizonte, o acompanhava neste seu passear, neste seu buscar, como se de um parceiro de tertúlia, que não quisesse deixar só. Diferentes cheiros eram-lhe trazidos, todos eles distantes da cidade onde habitava e que o deixavam com saudade de tempos idos, onde campo e cidade quase se confundiam.
Era bom estar ali com a família revivendo, era bom estar ali vivendo a natureza rude que o afastava do angustiado viver citadino, com o seu corre-corre permanente, tropeçando em toda a gente em ruas lugares apinhados, em esperas, paragens de autocarros, tudo lugares que de tão públicos nos tornam, tão sós.
De vez em quando é necessário carregar as pilhas, pena é, que questões alheias à nossa vontade nos impeçam de pudermos, mais vezes, fugir para outras paragens, vivendo a calma de outros espaços mais verdes, mais mar mais terra.
DC
terça-feira, 23 de abril de 2013
SAIR PARA FORA, CÁ DENTRO
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Foto: Diamantino Carvalho
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As cidades pequenas e isoladas do Atlântico tem um perfume salino e pêtro de fronteiras entre o sonho e a realidade.
ResponderEliminarVitorino Nemésio
Tammy