sábado, 25 de maio de 2013

NÓS VIVEMOS ENTRE SONHOS...


Nós vivemos entre sonhos sonhos que morrem e nascem. Que intervalo é chamado de esperança, e não é verdade que é a última a morrer, morrem todos os dias com uma lágrima e levantando todos os dias com um sorriso. O que nos mantém vivos são os sonhos que podemos ter percebido, mas a capacidade de continuar a sonhar.
Giuseppe Donadei
Reconciliou-se com a noite. Dormira largamente, os restos de sonho que ainda restavam esfumaram-se com a luz do dia, que entrava pelas frestas da persiana

Abriu a janela e deixou o sol entrar, sentou-se e esperou que ele lhe fosse aquecendo a pele e limpando as impurezas da alma.

A paz voltara a existir, estava bem consigo próprio, o seu grito de revolta, libertara-o da carga que há largo tempo o perturbava, e tomar a consciência de que nada mais podia fazer ou dar.

Há muito tempo desenhara a linha limite. Não se pode obter ao mesmo tempo “chuva no nabal e sol na eira”. Dizer presente não tem hora boa, ou má, é uma forma de dar, de estar lá quando precisam de nós, é socializar, viver, partilhar, é uma forma humana séria de estar consigo próprio e com a vida. Assim fizera, por isso estava contente por se sentir humano e liberto, por ter a consciência do que fizera e do muito que ainda há para fazer.

Na sociedade há muito “sem abrigo”, que não espera propriamente um lugar para dormir ou comida, mas um abraço de gente, que o acolhe ouvindo, partilhando, acalentando e acima de tudo o fazem sentir-se o humano.

Há muito onde lutar pelas causas que ao ser humano interessam.

"O que nos mantém vivos são os sonhos que podemos ter percebido, mas a capacidade de continuar a sonhar."

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