terça-feira, 15 de outubro de 2013

AS TUAS MÃOS




Imagino as tuas mãos, com os seus dedos esguios, passeando e aflorando as diferentes estações, na superfície do corpo, como se formando melodias ricas de brisas, cheiros e mar. Como se seguissem as formulas escritas em pautas, elaboradas por eruditos, dando voz aos teus lábios, no trautear de variações, com diferentes cores e sons, As tuas mãos criando, recriando, compondo um novo corpo de emoções.

Ouço e torno ouvir, a sentir os poemas que escreves, como se a caneta arranha-se o papel avisando seu percurso, Sei as revelações que fazes nas entrelinhas, em cada nota, em cada palavra que compõe o interlúdio do outrora desconhecido, ao agora presente.

Fazes-me aflorar risos perdidos, tirando-me as sombras do rosto. Trazes brilho aos meus olhos e motiva-los para miradas atrevidas sobre o ondular do teu corpo.

E tudo isso porque as tuas mãos de dedos esguios, se agitam poderosas a cada sonoridade, electrizando todos os meus sentidos.

DC




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