sábado, 1 de março de 2014

Apareceste do nada




Apareceste do nada, Encantaste-me sorrindo, conversando fácil, e mostrando o ombro atrevido... No jantar decidido, mal provaste a comida, bebeste meio copo de vinho e premiaste-me com um beijo. Simples, como se deduz, não significa fácil...Talvez fosse aquilo que se chama química. Por tempos duradouros o teu perfume ficou-me na pele, o calor da tua boca foi alento, e fiquei parado no tempo esperando ansioso que tudo se repetisse.

Era a boca, era teu corpo, tua voz no conversar, teu jeito, teu andar sem defeito..teu rir, o teu chegar, ou partir, e como tudo se repetia.

Olhar a galeria, onde a arte se exibia, passear nos jardins, pôr o olhar nas águas do rio e nas gaivotas a chafurdar no lodo descoberto, Fotografar, pedaços de vida de lugar incerto, nos espaços da cidade, Tudo isso no passear dum fim de tarde, ou no amanhecer solarengo, tudo fazia parte do encantamento...

“não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe”... assim como começara o sonho acabara... O despertador tocou.

“Na se perde tudo se transforma”, dizia o sr. Lavoisier, Perder, perdeu-se, nada se recuperou... é uma pena naquilo em que o acordar se transformou.

DC


Sem comentários:

Enviar um comentário