segunda-feira, 30 de junho de 2014

Uma PARAGEM Na EStação dO TEMPO



Antes que a noite me levasse deixei-me levar pelas palavras e fui construindo através delas raciocínios.
No avizinhar do sono, sinto-me entrar numa espécie de letargia, ao mesmo tempo que um monologo interior se desenvolve fazendo o balanço do dia. E enquanto o processo ocorre, várias interferências se vão processando trazendo-me avaliações do passado, para o meio do presente. A determinada altura, não sei se o monologo diz respeito ao resumo do dia, ou se já passou para a dimensão do sonho, Talvez por isso, abro os olhos assarapantado procurando reconhecer o lugar onde me encontro. Por vezes, dou por mim sentando no sofá da sala, com o televisor ligado, outras deitado sobre a cama ainda fechada. Quando assim acontece fico silencioso, sorumbático, pensando se a realidade está acontecendo efectivamente, ou se me perdi algures num espaço de tempo sem dimensão. Coisa confusa esta, que por vezes determinado cansaço nos faz viver. Não sei se algum de vós já aconteceu, mas que é estranho é. É uma paragem na estação do tempo.

DC

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