segunda-feira, 21 de julho de 2014

NO CORRER DOS DIAS



O tempo tem decorrido sem palavras escritas, nem falas, ou pensamentos abstractos, tudo se vai desenrolando na serenidade do verão, de calores incertos, tudo permanecendo nos mesmos lugares. A única diferença é o cheiro no ar dos constantes churrascos da vizinhança, que não podendo ir mais longe na descoberta de outras paragens ( a crise é muita) fica-se pela praia junto à cidade e pelos almoços, ou lanches ajantarados no terraço da casa. Não é mau de todo, a cidade tem menos carros, nos arredores, tirando as festas, que nesta época do ano existem, para emigrante gastar, permite um tempo de leituras serenas, ou momentos de silêncio vazio de argumentos mentais, ou escutas da alma indevidas. Caminhar é um prazer e o cheiro dos eucaliptos no parque enchem os pulmões preparando o corpo para as necessidades do outono e do inverno. Entretanto as imagens mais variadas e estranhas se vão colando no registo digital... para memórias futuras.

DC

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