terça-feira, 22 de julho de 2014

Um fim de tarde à beira mar



A cor, a luz, a textura o ruído, tudo se conjuga para que sinta o mar, mais mar do que nunca, Tenho pena de não te sentir tão perto do meu peito, com a mesma ondulação de sedução. Sentir o teu beijo suave, fresco e carregado de prazer, como quando esse mar me varre os pés. O areal imenso, quase deserto no fim de tarde, só tem o marulhar do mar, os gritos agudos das gaivotas no seu voar, e eu, ali sentado tudo observando até ao infinito horizonte, só, sem me concentrar em nada e perdendo-me de tudo. As mãos, mecanicamente se enterram e desenterram na areia, como se procurassem encontrar o que o subconsciente deseja. E o sol vai-se prestando a deixar-me só, fugindo lá longe na linha do mar como se quisesse esconder-se, num esconde-esconde de emoções. Não tarda, sentirei a brisa fresca a chegar, tudo isto que agora sinto, serão letras e palavras numa folha virtual, onde as emoções ficarão sempre aquém da realidade, Acima de tudo, não estarás presente, Restará somente o sonho do que foi. Um fim de tarde à beira mar.

DC

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