Todos os dias, arranjo aquele tempo precioso necessário ao voo, sei que se não fizer essa viagem tudo se tornará penoso e a sensaboria se apoderará de mim.
Escrever é uma das formas de eu voar, sem a pretensão de estilo e inteligência do escritor, sem a riqueza vocabular do seu saber, sem a precisão das suas pontuações e conjugações correctas, Faço-o mais ao jeito da emoção e do ouvido. Deixo simplesmente as palavras partirem, saírem de mim, para que voem livremente e possam encontrar outras parcerias na viagem. É uma espécie de catarse, que vai depurando a mente, as emoções e, ao mesmo tempo, tentar descobrir nas entrelinhas respostas, ou, pelo menos, o prazer da escrita.
Assim resta sempre a esperança de encontrar a tal “saída satisfatória”, de voarmos com a s nossas asas sem medo de nos tornarmos um Ícaro. Asas que não usam cera, mas a paixão a crença e o pensamento carregado dos sonhos de todos os dias e de todos os tempos, mesmo quando, por vezes, fechados na cave escura da sociedade onde vivemos.
DC
terça-feira, 23 de setembro de 2014
TEMPO PARA VOAR
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