quarta-feira, 1 de abril de 2015

encontrei a minha "CARA METADE"



Não, não é engano por ser dia um de Abril. Encontrei finalmente a minha cara metade, andei anos a fio procurando mas valeu a pena, Percorri hospitais, distribui papéis com a imagem, participei à policia, contactei por e-mail amigos vários, e até salafrários, na esperança que fosse encontrada. Sofri penas como nenhum, nessas ruas do silêncio que é a perda de alguém, que amamos. Todos os dias quando pelas ruas caminhava, olhava as gentes, nos olhos, na esperança de que eles se traíssem e me dissessem onde ela parava.

O que fazem duas metades perdidas vivendo de forma incerta?

Não ter a cara metade, é ter a vida a meio, sem equilíbrio, é como se uma parte de nós não existisse, estivesse já morta,

Digo mais, valeu a pena, quando hoje ao acordar, de repente, senti que a tinha encontrado, fiquei feliz como um passarinho, que se liberta da gaiola. Primeiro hesitante com a novidade, com as asas meio presas, e depois voando com todas as certezas.

Ainda estou sentado, de olhar parado, a congeminar como foi possível, perder este tempo todo, sem a oportunidade de voltar a ser o que era, encontrar-me com a vida como se fosse a Primavera.
         
É de todo impagável, tem um nome delicioso que dá gosto pronunciar, e na arte muito para dar que falar, Simetria, de seu nome, tem a alma que eu gosto de sentir ao olhar a natureza, e nesta todos os dias a encontrar.

dc


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