quarta-feira, 10 de junho de 2015

Surfando



Que a estética, não perturbe demasiado a morfologia do teu corpo, que ele se deixe ir, com a mesma fluidez e envolvimento da água, tal como a tua sensibilidade espanta, quando a tua voz se pronuncia sobre os afazeres do mundo, das criaturas que nele habitam e da natureza que nos regala. Do mesmo, modo que a tua voz é melodia, calor, expressão dos teus sentimentos, dos pensamentos que deslizam numa vaga gigantesca, onde vais surfando percorrendo o “tubo”, intenso, carregado da expectativa e beleza, sem saberes do seu término, que faz temer te desfaças no areal imenso da incompreensão, nesse mundo onde os humanos se morrem de pobreza, material e espiritual.
A esperança, a vontade, a exigência, é que corpo, mente e emoção, se unam na mesma massa com que se solidificam as uniões entre os que se amam.

dc

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