domingo, 27 de setembro de 2015

No Banco do Jardim



Quero sentar-me naquele banco de jardim, meu braço sobre teus ombros falando dos nossos sonhos e projectos, Sentir a brisa agitando as árvores, o chilrear intenso dos pássaros no seu recolher do fim de tarde, e ver o sol avermelhado se escondendo na linha do horizonte.
Quero ficar naquele sem tempo, Sentindo o calor dos nossos corpos, que se aconchegam, no arrefecer do fim de tarde, vendo a noite entrando pela cidade, recebida pelas as luzes dos candeeiros.
Esperar que os ruídos dos carros vá desaparecendo, e as nossas vozes se tornem tão nítidas como os nossos desejos. Gozar o prazer de sentir os meus dedos brincando no teu cabelo, vendo-te fechar os olhos no embalo, procurando colar as costas no meu peito, enquanto vou moldando as palavras, junto do teu rosto. Até que aconteça o beijo, selo de vontades, assinatura de gostar, testemunhado pela natureza que nos envolve. Depois...depois deixar que tudo vá evoluindo, no curso normal, registado no corpo e na pele, para lembrança futura.. e depois, esse outro depois mais longo e saboroso, de sorriso na boca, olhos brilhantes, no regresso ao calor da casa e ao descanso, num caminhar pela noite, que já foi tomada pelo luar e os gatos.
dc 

Sem comentários:

Enviar um comentário