É bom
cruzar palavras em conversas descomprometidas, com respostas sem perguntas,
tudo feito ao correr da fala, no jeito de quem não teme daquilo que se fez,
faz, ou é, no deixar ir de quem quer comunicar com o outro, sabendo que o outro
se liberta com a partilha que recebe. É bom conversar, quando as palavras se
atropelam na necessidade de dizer, como se elas fossem empurradas para boca
para serem soltas na ponta da língua. As conversas que são como as cerejas que
se encadeiam no seu mastigar e vão sendo sorvidas enriquecendo o “músculo”
cerebral. Conversas boas, livres da agressividade, do domínio de pessoa ou de conteúdos,
livres de preconceitos, ou até pouco importantes, ou supérfluas, sobretudo
importa, que nos acrescentem algo à vida.
As conversas, surgem em qualquer lugar, a qualquer, nem sempre face a face, quanto a mim as melhores, pois trazem consigo a proximidade, o vestir, os cheiros, os olhos e seu dizer, as mãos que se expressam como acrescento às palavras. Não desprezando as outras, mais de longe, analógicas ou digitais, hipótese possível no quebrar das distâncias, e que servem para inventar, imaginar, apelar à memória. As conversas, são um reinventar, um encontro, são fio condutor entre as pessoas. O acto de comunicar com o outro só por si é manifestação de partilha, de sentir a presença do outro, de quanto ele é importante naquele despegar das palavras e pensamentos que se vão revelando.
dc
“ A conversa é um encontro de mentes com recordações e hábitos diferentes. Quando as mentes se encontram não se limitam a trocar factos: transformam-nos, reformulando-nos, tiram deles diferentes conclusões, adoptam novas linhas de pensamento. A conversa não se limita a baralhar de novo as cartas, cria novas cartas. É essa a parte que interessa”
Theodore Zeldin- Elogio da Conversa
As conversas, surgem em qualquer lugar, a qualquer, nem sempre face a face, quanto a mim as melhores, pois trazem consigo a proximidade, o vestir, os cheiros, os olhos e seu dizer, as mãos que se expressam como acrescento às palavras. Não desprezando as outras, mais de longe, analógicas ou digitais, hipótese possível no quebrar das distâncias, e que servem para inventar, imaginar, apelar à memória. As conversas, são um reinventar, um encontro, são fio condutor entre as pessoas. O acto de comunicar com o outro só por si é manifestação de partilha, de sentir a presença do outro, de quanto ele é importante naquele despegar das palavras e pensamentos que se vão revelando.
dc
“ A conversa é um encontro de mentes com recordações e hábitos diferentes. Quando as mentes se encontram não se limitam a trocar factos: transformam-nos, reformulando-nos, tiram deles diferentes conclusões, adoptam novas linhas de pensamento. A conversa não se limita a baralhar de novo as cartas, cria novas cartas. É essa a parte que interessa”
Theodore Zeldin- Elogio da Conversa
Bom demais! Bem descrito.
ResponderEliminar