Olhou as diferentes imagens, como se fossem bocados de uma só, como se quisesse arquivá-las na memória. Lentamente o sono chegou e com elas adormeceu. Em sonho as reconstruiu e lhe deu um corpo único, tão real e tão intensamente vivido, que ao acordar, o dia lhe parecia o sonho.
O sonho é isso mesmo, um realidade virtual, com um grande controlo do subconsciente. No sonho não temos tempo nem espaço, tudo decorre na dimensão e rapidez do seu próprio timing, com as emoções e realidades vividas na intensidade que o sonho determina. Nele os nossos anseios, vontades, medos e decisões são avaliados sem preconceitos, sem que tenhamos a obrigação de nos expormos, ou nos sujeitarmos a regras de carácter social, ou outras. O sonho comanda e decide, como se realidade fosse.
O sonho, na maioria das vezes, ao acordar, logo se esquece, mas há uns poucos que perduram ocorrendo à memória durante várias fases do dia, como se não quiséssemos que a realidade os alterasse, perdendo clareza e com isso, tudo o que neles de bom acontecera.
Hoje o sonho que povoou a noite foi intenso, Para que se não perdesse o mais importante, deixou-se ficar mornamente deitado pensando nas emoções vividas, como se o seu corpo e a sua mente, não quisessem calar a imagem e emoção vivida que persistia completa e animada, trazendo cheiros, tacto e escuta.
Mil desenhos constroem movimentos, que na velocidade precisa, se animam criando
vida. Assim fora a noite. O puzzle se completara e substanciara o sonho, numa
espécie de realidade hipnótica que o libertara de peias e o deixara usufruir
como se de realidade concretizada.
dc
dc
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