sexta-feira, 11 de novembro de 2016

INCÓGNITA





Seus olhos verdes
Pousaram no meu café
E seu amargo se perdeu

O mar trouxe seu frio
E em meus braços
Encontrou o estio

Sua boca se pousou
No vinho dos meus lábios
E o mundo em nós girou

Nossos corpos
Foram no leito
Um amor quase perfeito

No sorriso do amanhecer
Juntos se encontravam
E de novo recomeçavam

No dia borboletando
A estória se repetia
Alegrando o nosso dia

Na hora da partida
Nosso corpo gelava
A saudade magoava

Chegou e partiu
E vezes sem conta
Toda a estória se repetiu

Num momento funesto
(ninguém sabe o resto)
Um em cada lado ficou

Perderam-se dos lábios
do café, do corpo e do mosto
E restou somente o desgosto.

dc



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