Tem em si, a beleza da paz e o inferno, estruturados no seu adn, faz parte da natureza. Falo desse sentimento contraditório, amor><ódio, que nos faz mortais e nos alimenta, ao qual tentamos e não conseguimos fugir. Entranha-se de forma irracional em nós, tira-nos do sério, leva-nos às lágrimas, às gargalhadas mais claras, às tristezas mais profundas, tudo num vai e vem, em ritmo alucinante, na esperança de que um dia o equilíbrio aconteça. Será que acontece, ou é esse procurar constante que o mantém aceso e vivo? Na realidade, talvez seja esse percurso que lhe dá consistência, o alimenta e nos faz optar na ora das decisões por mantê-lo. Usufruindo em pleno, dessa alegria de amar, somos frágeis parecendo fortes, somos fortes parecendo frágeis na sua avaliação, ou, na justeza das nossas opções. Nos dias de hoje, podemos dizer o que quisermos sobre o assunto, todos têm a sua opinião, mas ninguém sai indiferente ao que ele mobiliza em nós. Há necessidade da sua existência e de o cuidarmos, para encarar esta vida moderna, onde os valores, cada vez mais exíguos, são substituídos por uma materialidade que agrega um valor de status em detrimento de todos os outros.
dc
Sem comentários:
Enviar um comentário