sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Viva contradição




Tem em si, a beleza da paz e o inferno, estruturados no seu adn, faz parte da natureza. Falo desse sentimento contraditório, amor><ódio, que nos faz mortais e nos alimenta, ao qual tentamos e não conseguimos fugir. Entranha-se de forma irracional em nós, tira-nos do sério, leva-nos às lágrimas, às gargalhadas mais claras, às tristezas mais profundas, tudo num vai e vem, em ritmo alucinante, na esperança de que um dia o equilíbrio aconteça. Será que acontece, ou é esse procurar constante que o mantém aceso e vivo? Na realidade, talvez seja esse percurso que lhe dá consistência, o alimenta e nos faz optar na ora das decisões por mantê-lo. Usufruindo em pleno, dessa alegria de amar, somos frágeis parecendo fortes, somos fortes parecendo frágeis na sua avaliação, ou, na justeza das nossas opções. Nos dias de hoje, podemos dizer o que quisermos sobre o assunto, todos têm a sua opinião, mas ninguém sai indiferente ao que ele mobiliza em nós. Há necessidade da sua existência e de o cuidarmos, para encarar esta vida moderna, onde os valores, cada vez mais exíguos, são substituídos por uma materialidade que agrega um valor de status em detrimento de todos os outros.


dc 

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