quarta-feira, 23 de maio de 2018

coisas que um dia...




Naquele tempo leu e releu o texto vezes sem conta, e nele se extraia um pedaço que mencionava a palavra “amo” e amor.
A palavra, amo, de amar, fora escrita cerca de trinta vezes e umas quantas, amor, num pedaço de texto de vinte linhas. Repetidamente, assumindo cada uma delas, uma emoção e uma justificada razão para serem escritas. Lamentavelmente, não traziam coladas a si, o gesto que as tornariam reais. O Papel registou. A tinta secou, e o tempo passou deixando amarelecer o papel e o amor que transbordava no seu escrito. Nenhuma decisão foi tomada que pudesse satisfazer um presente, ou prever um futuro. Agora, que sendo passado, não se pode dizer que o amor morreu, mas na realidade ficou preso ao limbo, naquela estante reservada às coisas que um dia...

dc

Sem comentários:

Enviar um comentário