O dia só podia trazer luz e força. Os projectos, que povoaram a noite, apontavam
um caminho com solução à vista e até o timing certo para tudo se realizar. O
sol trazia a luz e calor na manhã de outono, a ideia de desejos realizados
trazia o optimismo. No entanto, há sempre um, mas, que estica a sua perna à
nossa correria e nos faz espalhar pelo chão. A vida, essa tal coisa, que
justifica tudo, que nos mantém à superfície da terra, nos surpreende, nas suas
láminas frias e afiadas, nos golpeia, destruindo todo o sonho, todo o projecto,
toda a crença e nos deixa com feridas, que curadas deixarão cicatrizes
profundas e que matando por dentro, nos definham. Então pensamos e justificamos
que isso é crescimento. Crescimento? “Há dias de manhã em que um homem à tarde
não pode sair à noite nem voltar de madrugada”
dc
dc
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