quarta-feira, 20 de março de 2019

O primeiro encontro



Não foi uma estória de Carnaval ou uma partida no dia dos enganos, aconteceu e não trouxe dúvidas, ambos sem surpresas, um perante o outro, ela extrovertida ele contemplativo. Olhos verdes atrevidos, cabelo curto loiro, boca cheia e um sorriso permanente, entrelaçando as palavras que nervosamente saiam da boca. O café tomado junto ao mar, no bar de praia, foi o prelúdio de uma noite que viria a ser longa. O fim de tarde com o céu cinzento, trazia-lhe frio aos ombros seminus, que ele gentilmente cobriu com o seu casaco de malha, e a conversa de circunstância de pequenas revelações de como afinal chegaram ambos até ali.
Saíram continuando a conversa até ao carro. O sorriso algo nervoso atingia os dois. Nunca tinham pensado na possibilidade, de que um dia se iriam ver face a face. Um beijo dado com todo o corpo e alma eliminou reservas.
Jantaram em casa, comida simples e bom vinho tinto. Entre o degustar o que na mesa havia, beijos molhados e olhos brilhantes iam ajudando a quebrar alguma reserva que poderia existir. Depois, depois não vale a pena contar, ficou na sua intimidade entre lençóis, como se de sobremesa requintada se tratasse, em restaurante de luxo do qual não queremos fazer publicidade. Bom demais para que pudesse ser desvendado, seria sempre menos do que foi sentido.
Na verdade, se entenderam por largo tempo e as palavras que os amarraram entre si, se mantiveram nos factos nos gestos nos dias vividos durante largos anos.

dc

Sem comentários:

Enviar um comentário