Só, agarro-me a este espaço
onde o silêncio me permite observar o mundo com distância necessária ao juízo
da realidade.
Aqui permito-me sonhar, sem
sentir o ruído e o cheiro nauseante da cidade e sua intensidade.
Leio e nas palavras o
conforto de não estagnar no amorfismo da linguagem que as vozes correntes trazem.
Não procuro estradas para viajar todo o espaço é caminho.
Não procuro estradas para viajar todo o espaço é caminho.
Neste lugar é meu corpo um
objecto de paragem, sem perturbação dos sentidos, e viajo com as aves tão
próximas que lhe tomo as asas.
Penso-me livre e capaz de
voar no céu infinito que se me depara, mesmo quando pretendem que as grades me
prendam.
dc
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