Quando acordo o maior frio
que sinto, é quando estendo mão para o travesseiro, ao meu lado e tu não estás.
Passados tantos anos, ainda tenho o hábito de te procurar para dar o primeiro
beijo do dia. Sinto o tecido debaixo dos dedos e não a pele do teu rosto, que sempre
tacteava ainda no lusco-fusco do amanhecer. Partiste primeiro do que eu, não
para o tal lugar eterno e desconhecido, onde o amor é uma folha em branco, onde não
te lembras quem és, muito menos da memória de mim.
Todos os dias me levanto procurando encontrar uma forma de contar a nossa história, para a repetir até à exaustão, enquanto prendo as tuas mãos nas minhas, ou te acaricio com o meu olhar, sem perder a esperança de renasceres. Todos os dias regresso, com a mesma dor que não trás milagre.
Todos os dias me levanto procurando encontrar uma forma de contar a nossa história, para a repetir até à exaustão, enquanto prendo as tuas mãos nas minhas, ou te acaricio com o meu olhar, sem perder a esperança de renasceres. Todos os dias regresso, com a mesma dor que não trás milagre.
dc
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