Há noites em que tememos o amanhecer que nos
despe e tira a intimidade com a sua claridade.
Há noites em que a felicidade é um lugar para
chegar, amar e ouvir dizer: demoraste tanto.
Há noites em que se sente a falta daquele beijo
de inocentes lábios húmidos, quase de criança, pousados levemente como se fossem
a brisa fresca do nascer do dia nos levando ao sonho
Há noites que não se esquecem, ou não são para
esquecer. Quando a melodia adentra encantando e alimentando o sonho prazeroso
do reencontro dos corpos e as emoções que deles se libertam.
Há noites que deveriam ser eternas, com permanente repetição melhorada no comum dos dias, sem datas marcadas.
Há noites em que as imagens se desvanecem na ausência das sombras, em que os sons são murmúrios e as palavras são insuficientes para as descrever.
Há noites que deveriam ser eternas, com permanente repetição melhorada no comum dos dias, sem datas marcadas.
Há noites em que as imagens se desvanecem na ausência das sombras, em que os sons são murmúrios e as palavras são insuficientes para as descrever.
Há noites e noites, em que a espera traz o medo
de que não volte a acontecer.
É por todas essas noites que ainda se mantém a
esperança, de que há sempre um outro lado bom da vida que acontece.
DC
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