Ignorar quem nos ignora, é
fazer prevalecer o respeito por nós próprios. É um caso para registar, quando
alguém passa por nós, neste rodízio da vida, com ar compenetrado, olhar
alongado na distância, quase roçando o nosso corpo, naquele ignorar “involuntário”.
É bom não ignorar quem nos ignora, ou tenta passar despercebido, mesmo quando
passa pela nossa frente e o resto do mundo estivesse para além das nossas
costas. Quem nos ignora, informa quanto à sua identidade e caracteriza a sua
tipologia como pessoa. Não deve passar em branco, àquele que é ignorado, a
conduta do outro. O ignorar desse outro, pode ser uma espécie de provocação, que
muitas vezes tem um efeito contrário. Aquele que em mim não repara, quer que eu
fique atento à sua visibilidade, quando sou invisível aos seus olhos. A
resposta ao seu ignorar, é nos fazermos notados, saudando, sorrindo,
enfrentando, questionar quem não quer ser questionado e queria fazer-nos
ignorados, depois, depois rodar, dando de costas, caminhando para um outro
lugar, onde o cheiro da falta de ética não tresande.
dc
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