quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Amar-te sem que sejas meu dono

 

Escondo-me, mesmo que vermelho seja o tecido, para evitar a ofensa com que me possam rotular e não pela timidez, em enfrentar o teu olhar, possuído pelo fogo do amor que neles se revela. O medo não existe em mim, quando és aquele que eu quero saber-me amada. Fui somente apanhada de surpresa, pela tua presença no meu espaço de intimidade, manejando esse objecto, que usas como parte de ti, e que me fixou nas suas entranhas, sem que permissão me fosse solicitada. Amar-te, sem que sejas meu dono, é o mais que preciso, para que me revele na totalidade do que sou.

dc


Sem comentários:

Enviar um comentário