Eles, envelhecem-nos com as
suas falas, como se a sua modernidade, e a tecnologia, lhes desse o direito a
todas as coisas, e nós, nos reduzíssemos a peões das suas necessidades.
Confundem anos de existência, com a juventude do nosso ser, e a experiência
alcançada. Na realidade, nem sabem, quão longe estão da verdade. Por culpa própria,
sempre os criamos, afastando-os das dores, e dificuldades que nos trouxeram até
aqui. Nós temos o privilégio de viver memórias plenas de cheiros, de olhares
que falam e tudo colhem do que se nos permite observar. Vivemos sensibilizados
pelo que tocamos, agarramos os significados das palavras da sua suavidade e
dureza para nos expressarmos. Abstraímo-nos de procurar fixar o presente em
caixas, queremos sentir e viver, todas as recordações, más, ou boas, que nos
ajudaram no caminho. Não queremos exibir, a dureza das nossas dificuldades para
sensibilizar os outros, queremos que sintam a riqueza do nosso caminho e
história, se possível, ajudarmos a melhor observarem e viverem o seu, que agora
começam.
dc
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