... a temer é parecer o que nunca foi, só porque os outros ao fazerem o teu retrato, apagam as linhas da alma, no seu contorno.
DC
sexta-feira, 5 de julho de 2013
O PIOR, ..PIOR,,,PIOR,,,
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Foto: Diamantino Carvalho
segunda-feira, 1 de julho de 2013
CHOVER NO MOLHADO
Silenciei a alma, não exprimindo a sua dor. Calei bem fundo, fugindo às palavras que magoam, fui andando, aceitando, olhando para o lado das coisas que não gostava, fui sussurrando baixinho, para mim própria, que estaria enganada.
Tudo o que negamos de nós próprios, não descansa a nossa consciência nem nos deixa libertos, fica latente, e quando menos se espera surge à superfície.
Deixando arrastar demasiado tempo as decisões, morre o impulso que as motiva, ou pelo menos instala-se a dúvida. É no impulso ponderado, não exagerando, que as coisas acontecem, se não temermos o erro, na maioria das vezes resulta. Pensar demasiado no óbvio é perda de tempo, E muito menos quando as nossas preocupações se centram fora de nós próprios. Como diz a frase “Desfrutem da vossa vida. Vão estar mortos muito tempo.”
Para se ser feliz e cumprir os sonhos é preciso estabelecer metas, e uma data para as realizar, caso contrário nada mudará nas nossas vidas, será como "chover no molhado".
A*DC*
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UM VASO E UMA FLOR
Eu tenho um vaso com uma flor, que rego todos os dias ao madrugar. Afago as suas folhas uma a uma, e converso com ela, mesmo sabendo que não me responde, não vá ela definhar. Ao correr do dia procuro protegê-la, de alguém que a possa pisar, ou do vento que as pétalas pode arrancar.
A Minha Flor tem um perfume que enlouquece, que nos resta na pele e adentra em nós fazendo perene a sua presença.
Quando no seu crescimento, lentamente vai despindo as folhas que a vestem, não deixo que se percam, guardo-as no meio dos livros que gosto de ler, São memórias que não quero perder da sua presença no meu viver.
A Minha Flor é a única, nasce e renasce, num ciclo que se repete, com as mesmas cores e o perfume que enlouquece, Escrevo-lhe poemas e frases serenas, para que se mantenha viva e a possa admirar.
No dia, em que no seu envelhecer, seja inevitável partir, não sei o que fazer sem ter a Minha flor a florir.
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sexta-feira, 28 de junho de 2013
HOJE MEDI O TEMPO
No topo da estrutura, engrenagens de neurónios, suporte de filosofia, de palavras em leituras, de discussões em politica, dum olhar sobre a arte, do amor, Lá, no topo de tudo, onde tudo se transforma em tudo, ou nada, É lá, bem em cima, que se alimentam as dúvidas, ou sustentam certezas, É lá que a imaginação se alimenta, se enriquece para não se fenecer ignorante.
Sinto-o cada dia que passa, Sinto-o na pele, nos ossos na carne, dentro de mim. Desde que nasci me acompanham, acrescentando todos os dias mais um dia, a todos aqueles que vivo. Começaram somente sendo simplesmente dias que passam, agora são dias que matam, carregados de pontos cinzentos, com o decorrer do tempo se vão tornando mais escuros. Como se da cor falasse, no evoluir da idade vão-se verificando mudanças na nossa capacidade de discernir e as opções de cor se alteram.
Durante muito tempo me escondi da passagem do tempo, disfarcei a duração do meu tempo, contrariando a natureza, ajustando os diferentes parafusos da estrutura, mudando as formas de energia, enriquecendo a utilização dos órgãos e todos os adjacentes necessários ao “bom funcionamento” e visitando o “mecânico”, sempre que a engrenagem paralisava. Não se pode enganar a vida, ela vai avançando e tira-nos o espaço de errar, para podermos evoluir.
Não sinto mudança na cor, sinto mudanças no viver, as coisas vão perdendo entusiasmo, vamos cometendo erros e não corremos atrás para corrigir, disparamos para um qualquer lado perdendo o norte.
Conversa perdida num dia como de hoje, deveria sorrir cantar e celebrar.. felizmente a televisão deu-me uma prenda para finalizar a noite, A Casa da Lagoa deliciei-me talvez pela trigésima (?) vez, aqui sim perdi definitivamente o norte.
Porto 27/JUN72013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
NOTA DE UM ANÓNIMO
quarta-feira, 26 de junho de 2013
SapatOs VERmelhos
Sapatos vermelhos, vermelho da paixão, vermelho sangue, vermelho vida. Eu gosto do vermelho, é uma cor que aquece, nos atira para frente, Gosto do vermelho de prazer, de gozo, como realce da beleza feminina, Só não gosto do vermelho raiva, desprezo.
Entristece-me os sapatos vermelhos perdidos nos carris da linha onde o comboio fechou o seu destino. Dói, mas o quanto dói, não saber se foram abandonados para seguir viagem, ou se sobraram do corpo, que se deixou ficar e foi levado pelos rodados. Sente-se, na forma como eles estão despojados, que eram de alguém que se perdera e que temerosamente os usara.
Adivinha-se o silêncio, que ficou quando o comboio se aproximou e de repente... nem vestígios, só o perfume da sua presença. Terá partido, e deixou os sapatos de Cinderela? E por quê, se naquele deserto não surgiria um príncipe encantado?..Não há pistas, de que ali algo aconteceu, somente os sapatos vermelhos deixados sobre a linha, Ficaram ali como um aviso de viagem, ou elemento de memória? Uma coisa é certa o vermelho ficava-lhe tão bem.
dc
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segunda-feira, 24 de junho de 2013
NA FOLIA DA FESTA... O SILÊNCIO
Ler-me-ás? Talvez sim, talvez não, mas não é grave o importante é que as palavras sejam escritas e fiquem como memória, Também nunca pensara que as lágrimas corressem por dentro, e agora descobriu-o, sentindo-se inundada num mar de tristeza, que afinal não está nos olhos, mesmo que digam que eles são o espelho da alma.
Ele não sabe, mas hoje há gente correndo, preparando tudo para que a noite se faça na folia da festa, festa popular, onde todo o mundo ri, dança, ou salta fogueira, No entanto eu perco-me no silêncio procurando longe, nas origens, a sua residência, Quando na rua, procuro regressar, quando em casa procuro sair, movo-me na contradição, ela mantém astuciosamente o viver sem causa.
Ainda trago pendurado nos meus lábios o seu nome, no meu corpo a sensibilidade das suas mãos, nos meus cabelos a leveza do seu toque, Os seus olhos ainda me aquecem a pele, Sinto-o em cada contorno de mim, como se caminhasse com seus dedos, desenhando o mapa que me dá substância. E fico-me, fico-me, fico-me como o doente em seu leito, sentindo-o e esperando a cura.
Fecho os olhos, e vou contando para dentro números e cores, como se meditasse, deixando-me partir na melodia que vai tocando, e a voz soando...”relaxe os ombros... relaxe a mente... deixe que os pensamentos se desfaçam no vento, que a respiração se atenue e parta para longe...” e fico agarrada a uma imagem que sei que é também sua. Se dessa abstracção... regressar, certamente saberei um pouco mais do que sabia antes, ou pelo menos mais liberta...
CC
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