O tema exige de nós uma preocupação suplementar, daí a razão de fazer questão de o publicar, saindo um pouco da escrita habitual.
Quantos
de nós temos o "cachorro preto" mordendo as canelas, sem nos apercebermos?
Quantas vezes os nossos amigos, ou familiares nos alertam para alguns
comportamentos e continuamos surdos, e não procuramos ajuda profissional
especializada, preocupados com o que os juízos que os outros possam fazer de
nós?
Sabemos que a sociedade actual, ajuda, e muito a que o “cachorro preto”, quase coabite
connosco, Em especial em momentos de crise, como a que agora vivemos, em que os
problemas de saúde, sociais e económicos em especial, são motivos para depressão.
Este documentário, é bem esclarecedor e dá um grande contributo para se esclarecer
de algum modo e ajudar combater o “cachorro preto” que é a depressão. DC
"Portugal é o país da Europa com maior taxa de depressão e o segundo
maior do mundo, mas estima-se que um terço das pessoas com perturbações
mentais graves não esteja tratada." Extraído de uma artigo publicado no Jornal o Sol, de 30 de Setembro, 2011- em anexo link
POR vezes sem resposta nem pensamento explícito. Vejo e revejo, todos os instantes todos os registos QUE em memória, imagem, ou escrito, falam do espírito de ti, como se ontem ainda aqui estivesses TE fazendo presença em corpo, carne e osso, tão viva tão nítida, que me deixa perdido fazendo-me teu AMO, acorrentado à grilheta da tua vida.
O que foi feito ao Bom Sucesso? Só posso pedir que boicotem o mais possível as visitas áquele lugar. Já não cheira a mercado, cheira a Chanel 21, charutos Cohiba, a roupas Armani, a automóveis de luxo... Que prazer ver o “people” na maior, a frequentar o lugar enquanto é moda. Mataram os talhos, eliminaram as vendedeiras que tinham os seus espaços de comércio e que abordavam as pessoas “ Oh querida, tenho aqui tudo muito fresquinhooo..”, “ Olha a pescadinha e a marmota vivinhaaaa”, as padarias, caixas de frutas e legumes, e o cheiro, sim o cheiro típico do mercado. Agora é lugar de fedúncia comercial, gourmet(???), "velas de barco" no meio do espaço; o cheiro é de merdice, peneirice, e de falta de bom gosto. Como tem um Hotel, não era possível que o cheiro a mercado tresandasse porque o turista não gosta, dirão certamente os promotores.
O que vemos nós neste Porto? O turista está cansado de ser turista, de tentarem sacar-lhe dinheiro em lugares para turistas; comida para turistas - que está a quilómetros da comida local; lugares públicos para turistas com esplanadas de turistas; lojas de artesanato nacional para turistas; ruas para turistas. Destroem espaços públicos em nome do progresso como a Av. dos Aliados, O jardim da Cordoaria, A praça dos Leões....E o povo pá? O povo que se lixe e pague preços de turista, e veja a sua cidade modificada, não em função das suas necessidades de habitabilidade e conforto, mas de acordo com o que os turistas pagam e dizem que precisam. E quando os turistas não estão, são os pacóvios dos portuenses a pagar a factura da falta de turistas. O que vemos actualmente? Os turistas que chegam procurarem lugares “de não turistas”, para tentarem perceber que gente é esta que habita a cidade e a quem chamam portuenses. Será difícil de perceber, que os turistas não querem ver o mesmo que têm nos seus países, que é comum, universal, ou imitação, mas simplesmente o que é típico e natural de cada cidade e cada povo?
Não é preocupante que não tenham tido solução para melhorar e transformar o mercado, modernizando-o e preparando-o para as necessidades de quem nele trabalha e que o utiliza, tornando-o mais apetecível, para que as pessoas - como se faz em vários países -, e fizessem daquele espaço um lugar de ritual e compras, atraindo mais gente da terra para comprar produtos frescos e de qualidade, com estacionamento gratuito para não terem de perder horas à procura de local e poderem transportar os produtos sem dificuldades, Não seria bem melhor?
Não é preocupante que tenham retirado os wc públicos? agora “mija-se” nos cafés, e sendo obrigados a fazer despesa, ou, a pedir, quando deixam, usar a “privada”? Não é preocupante que os cafés da cidade fechem todos cedo ficando abertos só os dos “copos”? Não é preocupante que na zona central da cidade os transportes não sejam eficientes e que não haja parques de estacionamento, mais económicos em sítios estratégicos, com autocarros de acesso fácil ao Centro? Não é preocupante, que as garagens dos prédios estejam ocupadas com estabelecimentos e armazéns tendo os moradores os carros na rua, durante uma semana inteira, dificultando o trânsito? Não é preocupante, os veículos a par nas ruas, para fazerem cargas e descargas, não cumprindo a lei porque os donos dos estabelecimentos usam os lugares reservados para uso pessoal? Não é preocupante que os cinemas da cidade tenham desaparecido para os shopings e que não haja lugares para as pessoas fazerem uma ceia, ou comerem um simples prego no pão, sem terem que pagar couro e cabelo? Não é preocupante que se deixem degradar edifícios antigos para que se destruam e se transformem em arranha-céus? Não é preocupante que algumas pessoas que ainda vivem na cidade, a partir das vintes horas tenham receio de andar em certas ruas da sua cidade, porque esta é um deserto? Não é preocupante que os Bancos tenham tomado conta da baixa portuense? Não é preocupante que tenham destruído o mercado que existia ao cimo nos Clérigos, e o tenham transformado em centro comercial “modernaço” (?) completamente a contra gosto com o ambiente morfológico da cidade, mesmo ali ao lado da Torre dos Clérigos; Entretanto criam-se mercadinhos sazonais nas ruas, perto dos mesmos locais para vender roupa em segunda mão e artesanato de origem duvidosa?
A Ribeira transformou-se numa esplanada gigante no Lado do Muro dos Bacalhoeiros; No passeio junto ao rio o mercado antigo foi atirado para um canto, para dar lugar aos “artesãos” que vendem tudo menos o que é típico da cidade. Entretanto as pessoas para ali circularem andam na via pública porque os passeios estão ocupados. O Mercado Ferreira Borges foi pintado; roubaram-lhe as árvores que o envolviam, e temos ali um edifício que só de vez em quando é ocupado. Lá se foi o famoso mercado da fruta, lugar de atracção de tanta gente, em especial a que habitava a zona ribeirinha e turística. Não acham assustador, que a cidade seja tomada pela necessidade de servir o turismo e os abusos comerciais, em vez de servirem os portuenses? Para quando a recuperação de casas e lugares que não entram na cobiça dos predadores imobiliários e que precisam de conservação? Para quando parar de transformar a cidade esvaziando-a no sentido de favorecer as grandes superfícies em detrimento do pequeno comércio?
Quando surgirá uma força politica ou de cidadãos que faça com que a cidade seja efectivamente dos seus utentes? Esperemos que breve para que os nosso filhos e netos, não se deparem com uma mistificação modernaça de uma cidade de fantasmas. DC
“Diz quem sabe que o capitalismo, provoca nas cidades uma força centrifuga, que atira para a periferia ao mais fracos, para que o miolo, fique para o que á alta finança mais convier”-RHVJ
“O sonho que comanda a vida”, como diz o poeta, não é aquele que nos preenche durante o sono, mas quando na hipótese dos dias, pensamos a possibilidade de realizar algo que gostaríamos, para nossa satisfação como seres humanos. Os sonhos afinal são pensamentos tidos de olhos abertos, imaginando e projectando o que seria a nossa realidade, se a pudéssemos construir de acordo com os nosso desejos e vontades. Sonham-se as coisa materiais como a casa, sua dimensão e recheio, o carro a sua qualidade e aspecto visual, a roupa e a sua adequação à utilização, quantidade e gosto, e muitas outras. Sonham-se estados emocionais, que envolvem as nossas relações de amizade, o parceiro do nosso amor, os filhos que queremos e como serão. Sonhamos a felicidade, com os que julgamos contribuiriam para nos sentirmos de bem connosco próprios, e com o mundo em que vivemos.
Em sonhos viajamos para longes tão remotos, como remota se torna a sua realização, no entanto, quando um deles se realiza, é como se todos se realizassem, por isso continuamos sonhando. Ao passar da meia noite de dois mil e treze, para dois mil e catorze, todos pensarão em novos sonhos, uns comendo passas, outros uvas, e outros nem uma coisa nem outra, Só o sonho de realizar um novo ano com mais sucesso os liga a todos.