sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A nossa encruzilhada

Foto: Diamantino Carvalho
Muitas são as incertezas em que vivemos. Dizem-nos que nos dias de hoje não se pode dar nada como certo, a não ser à nossa própria existência, “para morrer basta estar vivo”.
Deixamos de ser primitivos, vivendo na civilização(?), mas perdemos a inocência, a liberdade de sermos o que queremos e como queremos. Inventam-se máquinas e computadores, desenham-se roupas de diversos tecidos, ou mesmo não tecidos. Pescam-se diversos peixes, mariscos e plâncton cada um em sua função, dizem para nos alimentar. Depois nada fica nos rios e no mar, tudo foi para congelar e morre em farinha, pois o prazo está a acabar. Nos campos usam-se adubos industriais, que fazem crescer à pressa alimentos vários, sem os sabores habituais. Habituamo-nos a uma alimentação “fast food”, engordando como porcos, ganhando gorduras e maleitas, que nos manda desta para melhor sem as malas feitas. Tudo se faz em nome do homem e do seu bem estar, no entanto os anos passam e é tudo um engano. Trabalhamos imensas horas sem descanso, e a evolução tecnológica nas empresas não facilita a nossa vida, pelo contrário é a garantia de que fazendo mais rápido, menos trabalhadores são precisos. Não interessa diminuir a carga horária, porque deixaria muita gente com tempo para pensar. Continuamos sem tempo para viver, acompanhando as nossas famílias e sentindo nossos filhos crescer , nem da existência tirar prazer.

Deixamos de ser primitivos, para sermos o quê?

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Parque Barigui II







O Parque do Barigui está divido por uma estrada que o corta em dois, a maioria das foto presentes revelam um Barigui mais lúdico e de arvorização mais densa

domingo, 7 de agosto de 2011

Chuva...Sol...Agosto sempre nos surpreende

Foto:Diamantino Carvalho

O mês de Agosto é preferido pela maioria dos portugueses para férias. Ingrato, nem sempre aparece com a beleza do seu sol, para satisfazer os seus fãs, mas depois lá se arrepende, e redimindo-se presenteia-os com a sua luz dos velhos tempos.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Despejem o Lourenço, já!

Um tal sr. Lourenço, especialista em economia (?), todo emplumado em fato de bom corte, camisa aberta, com ar “dos simples”, é chamado várias vezes a papaguear perante as câmaras da TV, toda uma série de fraseado, sobre como a economia deve funcionar em Portugal, para superar a crise. Num dos últimos dias, veio defender a celeridade nos despejos na habitação, não se importando com as diferentes razões e condições, em que os inquilinos se encontram. É por estas e por outras, que nunca acreditei em especialistas de economia, nem economistas. Como dizia um amigo, “os economistas são os senhores do “SE”. Na verdade, na prática a maioria desses senhores têm uma opinião volátil: Se os impostos baixassem. Se os juros aumentassem. Se facilitassem o despedimento. Se os trabalhadores tiverem contratos a termo. Se o governo não salvar  o BPN é mau para o país, s, sse, se ,se. E depois “Se” todas as suas propostas e ideias e números redondos que apresentam não funcionarem, virão tal como araras emplumadas falar em não sei quantos mais “Ses”, para alterar tudo aquilo que anteriormente tinham dito. Todos esses fazedores de opinião, acima de tudo, têm bons empregos e ganham bom dinheiro para dizer o que dizem, por isso falam de barriga cheia. Na verdade depois de tantos “ses”, que durante anos as araras falantes usaram e abusaram, a “economia” está de rastos e mais não sei quantos “ses” irão serem inventados para lixar o Zé, por isso só resta ao povo dizer, de forma curta e concisa e “ se” fossem todos pró.... Esta é a realidade de um outro economista sem “Ses”              “Portugal é um dos países da U.E. onde a distribuição do rendimento e da riqueza é já das mais desiguais. Segundo o Eurostat, em 2009, os 20% da população portuguesa com rendimentos mais elevados recebiam 6 vezes mais rendimento do  os 20% da população com rendimentos mais baixos, enquanto a média na União Europeia era de 4,9 vezes. Por outro lado, segundo o INE,  também em 2009, os 10% da população com rendimentos mais elevados recebiam 9,2 vezes mais rendimento do que os 10% da população com rendimentos mais baixos. E 17,9% da população, ou seja, cerca de 1,9 milhões de portugueses viviam com rendimentos abaixo do limiar da pobreza. Isto depois das transferências sociais, pois se essas transferências forem eliminadas ou reduzidas, como este governo pretende, a taxa de risco de pobreza sobe para 43,4%.( www.eugeniorosa.com).
ECONOMISTA - Especialista que será capaz de dizer amanhã porque é que aquilo que previu ontem não aconteceu hoje

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

LUXURY - pleasures

Um dos seus produtos, com a embalagem personalizado

Certamente que poucas pessoas sabem que existe o Centro Empresarial Lionesa, em Leça do Balio Matosinhos. É um sítio agradável, com instalações arejadas, que foram recuperadas da antiga fábrica de tecidos com o mesmo nome. Lá se encontram além de escritórios e armazéns, lojas e algumas delas vendendo produtos directamente das fábricas.
Na vez que lá fui, reparei numa loja muito simples e que possui produtos de gourmet, de grande qualidade a preços bastante acessíveis. Eles eram azeite, vinagre, frascos de molhos, chocolates, chãs, champanhe francês, vinhos, amêndoas, cheiros de ambiente e até águas de colónia, enfim toda uma gama variada que tinham como factor principal além da sua qualidade, embalagens de requintado design, em dimensões e formatos variados. Uma vulgar lata de azeite de pequena dimensão, assumia-se com a qualidade duma prenda de luxo, tal a riqueza da sua apresentação. Os próprios sacos da loja, são devidamente estudados, para transportar os diferentes tamanhos, do mesmo produto. O único senão (?) de tudo isto é que os produtos na sua maioria não eram de origem portuguesa, mas sim espanhóis, ou franceses.

Agora que a crise está na ordem do dia, seria uma boa sugestão para os especialistas pensarem, no quão importante é divulgar as marcas e produtos portugueses. Aliar a marca e respectivos produtos portugueses, de reconhecida qualidade a embalagens com design de qualidade, seria uma óptima sugestão para superar algumas das dificuldades no mercado externo e nacional. Para alguns ao leram o que aqui escrevo é publicidade, para mim será um acto de decência porque falo de qualidade e serviço e de uma forma inteligente de promover e vender produtos, pouco conhecidos no mercado. Pena é, e daí a razão deste texto, que não se aproveitem mais ideias como aquela, em outros lugares, podendo assim servir melhor todos os portugueses e quem de fora nos visita.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Paredes degradadas, ou gravuras artísticas?


Esta arte baptizada como Scratching the Surface (escavando a superfície, em tradução livre),
tem como autor de destaque o artista português Alexandre Farto.
Tão “Farto”, como todos nós, da feiura das paredes de prédios degradados? Talvez, mas acima de tudo e na verdade um artista de grande dimensão, com farto currículo e que consegue criar uma arte urbana que bem responde aos desígnios de trazer a arte para a rua, aproveitando-se da rua. Com este seu trabalho, consegue enobrecer espaços degradados, exprimindo-se com a qualidade estética da sua obra, transformando o caos urbano.
Se a moda pega, não tarda que arquitectos e inquilinos, façam a recuperação dos espaços sem mexer na obra de arte que albergam as suas paredes, ou até algumas câmaras municipais aliciem este artista, ou outros artistas, para as ajudarem a disfarçar, as zonas degradas que estão a seu cargo e que a largos anos esperam intervenção.
Como se diz em linguagem corrente de Facebook. Gosto.