segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Ajuste de Contas com o 25 de Abril

Coloco aqui este texto que me foi enviado por entender servir a causa de quem trabalha e é um alerta para o futuro imediato.

A direita mais trauliteira, aproveitando a crise do euro, e o silêncio conivente do PS, investiu descabeladamente contra o 25 de Abril.
Esta gente a quem bastava uma “Primavera Marcelista” não se conforma com uma sociedade com organizações sindicais, um mundo de trabalho com direitos, bem como uma concorrência feita pelo ensino público ou no negócio da saúde pelo SNS.
Quem tiver dúvidas sobre o que afirmo, pense na repúdio mostrado publicamente pelos mais altos dignatários deste País, em transportar o simples símbolo do 25 de Abril, ou seja um cravo vermelho. Um simples símbolo que incomoda o Presidente da República, a maioria dos Deputados, a quase totalidade dos juizes de todos  os tribunais, obrigando alguns  Deputados do PS a suportar com ar enfastiado tal símbolo para parecerem diferentes.
Pretendem restabelecer uma ordem social Salazarenta, onde o Capital faça a sua lei sem contestação; onde ter trabalho seja uma benesse e não um direito. Quando entrar em vigor as novas leis de indemnização e despedimento, vai ser um fartar vilanagem, com despedimentos a gosto do patronato mais conservador e inculto.
Este ataque, não vem de agora; vem desde o momento, em que os responsáveis deste País, resolveram destruir a agricultura, as pescas e a indústria, retirando assim qualquer ferramenta de sobrevivência a este País.
Só que acharam chegado o momento do assalto final.
A traição vai tão longe, que anunciam-se a venda de empresas fundamentais para a nossa economia e a nossa independência  ao preço de um prato de lentilhas tais como a EDP, a TAP, ou as Águas de Portugal.
Pouco cultos e desconhecedores da história dos povos, bem como da sociologia, esta casta que acha que os números são só isso mesmo, abrem as portas de par em par, a uma contestação generalizada, qual tsunami que nenhum dique ou polícia conseguirá conter.
O ponto de ruptura social, já enunciado, por várias figuras importantes da nossa sociedade, desde sociólogos a algumas figuras maiores do nosso clero, está eminente. Nada trava esta gente dos seus intuitos. Sempre se disse e é verdade que a ignorância é muito atrevida.
A contestação social generalizada, pode gerar o caos, e potenciar o resultado pretendido por estes vendilhões do templo, como pode originar a fuga apressada destes traidores, caso essa contestação seja organizada, uma vez que a coragem nunca foi um dos seus atributos.
Quando alguém afirma  não haver alternativa, o que está a querer dizer, é que não existe alternativa para os seu objectivos.
Mais cedo que tarde a renegociação da dívida tal como cada vez mais responsáveis o vêm afirmando, virá para cima da mesa.
Arrisco-me a dizer que se vislumbra já no horizonte um Portugal com duas moedas;
O euro para a cena internacional(importações, exportações), e o retornado escudo para toda a actividade interna, dando assim ao nosso país uma ferramenta financeira que não possui neste momento. Será doloroso mas vai ser assim.
Dizem os sábios na matéria que depois deste assalto governativo, a população Portugue-as ficará entre 40 a 60% mais pobre.
Quanto mais cedo atacarmos o problema melhor será para todos aqueles que querem bem ao seu País.

Rui Viana Jorge
Eng.Téc.

OPINIÕES SOBRE A CRISE




Parei na esplanada para tomar algo, aproveitando o jardim em frente para de vez em quando espraiar o olhar enquanto lia o livro que tinha trazido. O meu prazer foi rapidamente interrompido, por culpa do sr. Coelho e dos Passos que ela anda a dar para lixar o Zé.
Dois casais caminhavam em direcção à esplanada e em voz alta discutiam o que se estava a passar na função pública, quanto a despedimentos e cortes que se avizinham.
Como sempre acontece, na maioria do povo que é explorado, por falta de cultura e honestidade bacoca, a primeira coisa que eu ouvi comentar foi o seguinte: “também há muita gente hoje em dia que não quer trabalhar, quer um emprego, preferem estar no fundo de desemprego a fazer alguma coisa”. Depois no decorrer da conversa, esquecendo-se do que tinha dito, corroborou com o colega de mesa, que começou a lamentar-se dos centenas de euros que no próximo ano iria perder com a falta de subsídio de Natal e de férias, lembrando ser uma injustiça, pois as pessoas não contavam receber menos, já este ano, mas já tinham decidido, acabar com as prendas e havendo dinheiro para comidinha, já era muito bom.
Distanciei-me da conversa, e comecei a pensar...
Esta gente, pensa na crise como se fosse culpada e nem se apercebe, que a crise só  demonstra, é que o dinheiro mudou de mãos. Se raciocinarmos um pouco logo sabemos que dinheiro não foi queimado. O dinheiro foi desviado dos bancos, dos governos e de uns investidores, para enriquecimento de uns quantos, que dizendo perder dinheiro todos os dias, se aproveitam da crise e compram ao desbarato investindo na desgraça dos outros.
Aquelas pessoas estavam a esquecer-se que os que estão no fundo de desemprego, ganham 65% do salário que auferiam, e portanto ao irem trabalhar pelo mesmo dinheiro, têm mais despesa e estão a perder favorecendo o empregador, que vai querendo pagar cada vez menos?. Esquecem-se que a Administração Pública tem despedido funcionários de alguns sítios, e depois vão requisitar outros que estão no F. Desemprego, pagando muito menos, o que significa que pagamos com dinheiro que ao desempregado está destinado, criando mais desemprego?.
De facto as pessoas querem empregos, pensando estar a viver no tempo em que os seus direitos eram defendidos, permitindo-lhes estabilidade para garantirem as suas despesas e compromissos assumidos. Hoje emprego, ou trabalho são situações idênticas. O paradigma mudou. Administradores, directores e outros cargos de top são escolhidos pelas competências e conhecimentos profissionais na área(?), e os trabalhadores escolhidos pela capacidade de sujeitarem a trabalhar em qualquer profissão, em qualquer lugar e com o salário que “eles” entendem pagar e se houver dinheiro. Tudo isto independentemente da sua área de formação, ou habilitações.
Sabe-se, que hoje em dia nascem e morrem profissões, ou deixam de ter a mesma importância, no mercado de trabalho, devido às constantes evoluções tecnológicas, redimensionamentos e descobertas científicas. Nestas mudanças quem menos sofre, são os que exercem cargos de chefia, não só porque mandar é um “dom” e como tal estão acima de qualquer mudança, ou especificação, mas também porque, quando necessário,  fazem reciclagem, na maioria dos casos paga pela empresa, nem que seja nas Ilhas Malvinas, para se recomporem do stress.
Ainda há dias um sr. Mira-Te Mal, engº que fala de economia (?), porque está ligado à banca, defendia que as medidas do governo tinham de ser tomadas e falava de sacrifícios. Entretanto é visto a sair de um restaurante de luxo e a entrar para um carro alemão(?) de gama alta, com a matricula de Junho de 2011, ou seja, “olha para o que eu digo não olhes para o que eu faço”. 

“ E nós o povo que fazemos?”
“ Deixar de falar de quem trabalha”.
“ E nós povo já sabemos
  que este país só anda com quem trabalha”

“ Há um cheirinho no ar de que a mama tem de acabar”

“ E nós o povo o que devemos fazer?”
“ Ir para rua mandá-los trabalhar”

“ E nós povo o que temos de fazer?”

“ Recuperar o que nos andam a tirar”
“ Pôr os ricos viveram com o salário com estamos a viver”
“ Para assim aprenderem a sofrer e a trabalhar?


domingo, 30 de outubro de 2011

A Ponte para Eternidade

Um livro sobre o amor, sem lamecha, onde se fala do medo de arriscar e expressar os sentimentos, da dificuldade de entender o conceito de liberdade dentro de uma relação, onde se esclarece que nas relações amorosas, “almas gémeas” não existem, mas pessoas diferentes que se completam, e onde se fala da vida a dois com, ou sem casamento. Um livro que fala das pontes necessárias ao entendimento a dois, sem distinção de idades, classes sociais, ou do tipo de relacionamento porque optaram.
Este livro, de Richard Bach, cuja a 7ª edição da Europa América está datada de 1993 e teve duas edições seguidas em Junho de 1986, continua a ser um livro bastante interessante de ler nos dias de hoje.
Podemos não valorizar a qualidade da escrita, mas a história que trespassa as 270 e muitas páginas, continua a valer a pena ler.

Richard Bach é também autor dos livros: “Não Há Longe Nem Distância”, “Fernão Capelo Gaivota”, “Biplano”, “Estranho à Terra” e “Um”

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

CLUBE PORTUGAL EM CRISE

Mister Passos, é um mau orientador da equipa, não consegue harmonia nem qualidade de jogo e procura que seja o público defender, a equipa.
Quando chegou ao clube veio cheio de promessas e soluções na algibeira, mas como todos os maus profissionais, quando se vêem apertados, logo tratam de defender os milionários da equipa e que estes ainda não sabem jogar como um todo, ou que o público não tem paciência, para esperar resultados.
Na verdade, quando o público, se apercebe que o treinador, nunca jogou e nem trabalhou na área, desconfia logo, que tem um habilidoso pela frente e não lhe perdoa. Alça do lenço branco e espera que o presidente do clube e maior responsável, o corra rapidamente.
Na verdade ninguém acredita, que o público é que tem de desembolsar para que o treinador, faça a sua equipa trabalhar para o bem de todos. Na verdade à treinadores que só sabem trabalhar com craques que custam muito, pressionando o clube a recorrer dinheiro emprestado com juros fabulosos. Treinadores, esses que nem sempre conseguindo resultados favoráveis, considerando que já é bom pelo menos quando ficam nos primeiros lugares. Mas como todos nós sabemos, que a competência em conhecimentos específicos da categoria e sabedoria na condução de homens é um elemento importante, para que se atinjam os objectivos e isso é missão para predestinados, que não é o caso, como um tal Vasco que há uns anos conseguiu dinamizar o clube Portugal e até pôs toda a massa associativa a dar um dia de trabalho para a nação portuguesa.
O Mister Passos esquece-se, que quem manda é o público e que este pode passar rapidamente dos lenços brancos, para atitudes mais drásticas e de repente deixá-lo a falar sózinho, fazendo greve geral ao jogo, paralisando todo o campeonato, podendo até influenciar as competições europeias, pois como se sabe as claques são solidárias, quando sabem que lhes estão, não só a tirar o espectáculo da vida, como ainda por cima querem que eles paguem para que os milionários continuem nos seus joguinhos.
A claque que fervorosamente defende o clube Portugal, vai certamente dar uma resposta e mandar o Mister plantar batatas para um qualquer buraco madeirense, juntando-se assim ao Jardim à beira mar plantado da República das Bananas

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Assassinato de um cantor popular -VICTOR JARA

 RETIRADO DO SITE: Soy loco por ti, América Latina!

Que o assassinato de Víctor Jara jamais seja esquecido! Víctor Jara – 28.09.1932 – 15.09.1973

O assassinato de um cantor popular

Grande cantor popular chileno, ele foi cruelmente assassinado nos primeiros dias da ditadura instaurada pelos militares liderados por Augusto Pinochet em 1973. O crime aconteceu no Estádio Nacional que servia de prisão para milhares de militantes. O relato chocante abaixo, que mostra a barbaridade do assassinato, foi retirado de No Olho do Furacão, do jornalista brasileiro Paulo Cannabrava, a partir de relatos de quem esteve lá.

“Em um dado momento, Victor desceu para a platéia e se aproximou de uma das portas por onde entravam os detidos. Ali topou – cara a cara – com o comandante do campo de prisioneiros que o olhou fixamente e fez o gesto mimico de quem toca violão. Victor assentiu com a cabeça, sorrindo com tristeza e ingenuidade. O militar sorriu, contente com sua descoberta.

Levaram Victor até à mesa e ordenaram que pusesse suas mãos em cima dela. Rapidamente surgiu um facão. Com um só golpe cortaram seus dedos da mão esquerda e, com outro, os da mão direita. Os dedos cairam no chão de madeira, ainda se mexendo, enquanto o corpo de Victor se movia pesadamente.

Depois choveram sobre ele golpes, pontapés e os gritos: ‘canta agora… canta…’, a fúria desencadeada e os insultos soezes do verdugo ante um ‘alarido coletivo’ dos detidos.

De improviso, Victor se levantou trabalhosamente e, com o olhar perdido, dirigiu-se às galerias do estádio… fez-se um silêncio profundo. E então gritou:

- Vamos lá, companheiros, vamos fazer a vontade do senhor comandante.

Firmou-se por alguns instantes e depois, levantando suas mãos ensanguentadas, começou a cantar em voz ansiosa o hino da Unidade Popular (Coligação de partidos de esquerda que apoiavam o governo de Allende), a que todos fizeram coro.

Aquele espetáculo era demasiado para os militares. Soou uma rajada e o corpo de Victor começou a se dobrar para a frente, como se fizesse uma longa e lenta reverência a seus companheiros. Depois caiu de lado e ficou ali estendido.”

Ano passado, 36 anos depois de seu assassinato, o povo chileno finalmente pode realizar o funeral público de seu grande artista.

Um documentário da TV3 da Catalunha registra a ação da Funa, uma manifestação de militantes com objetivo de denunciar publicamente uma pessoa.

Eles vão até a casa ou trabalho de torturadores e assassinos da ditadura denunciá-los perante seus vizinhos e colegas. No vídeo, a Funa de Víctor Jara, vai até o ministério governamental onde trabalha o ex-militar conhecido com El Príncipe, apontado como o comandante da barbaridade feita contra o cantor. No final, os militantes invadem o gabinete do assassino e o acusam cara a cara. Assistam o vídeo completo abaixo e o ápice da manifestação em:

  http://soylocoporti.com/?p=995

P.S. Este vídeo tem a duração de 30m. Se não puder assisti-lo na íntegra, avance o cursor até à marca de 19m30s, que é o momento exato em que se vê o desmascaramento daquele criminoso.



Pessimismo della ragione, ottimismo della volontà.

Pessimismo da razão, otimismo da vontade.

(Antonio Gramsci)

Sozialismus oder Barbarei!

Socialismo ou Barbárie!

(Rosa Luxemburgo)

domingo, 23 de outubro de 2011

História de um quadro VII

A luz surgiu do nada, trespassou a viela e veio desembocar na rua.
Gambiarra na noite do desassossego, em espaços perdidos do submundo.
Não existem as figuras que nele habitam, seres vazios, vivem o seu fado, fora dos olhares, nas sombras dos umbrais. Só silêncio e cor, se permitem revelar. O resto...na vossa imaginação

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Coincidências

Quem olhar as bandeiras verificará qual a que fica em destaque...coincidências...que as há, há, mas esta ....Puf

Para ajudar a analisar a figura

" O 13º MÊS NÃO EXISTE "


Os ingleses pagam à semana e claro, administrativamente é uma seca! Mas ... diz-se que há sempre uma razão para as coisas! Ora bem, cá está um exemplo aritmético simples que não exige altos conhecimentos de Matemática mas talvez necessite de conhecimentos médios de desmontagem de retórica enganosa. Que é esta que constroi mitos paternalistas e abençoados que a malta mais pobre, estupidamente atenta e obrigada, come sem pensar!

*Uma forma de desmascarar os brilhantes neo-liberais e os seus técnicos (lacaios) que recebem pensões de ouro para nos enganarem com as suas brilhantes teorias...*

Fala-se que o governo pode vir a não pagar aos funcionários públicos o 13º mês.
Se o fizerem, é uma roubalheira sobre outra roubalheira.

Perguntarão porquê.

Respondo: *Porque o 13º mês não existe.*
O 13º mês é uma das mais escandalosas de todas as mentiras do sistema
capitalista, e é justamente aquela que os trabalhadores mais acreditam.

Eis aqui uma modesta demonstração aritmética de como foi fácil enganar os
trabalhadores.
Suponhamos que você ganha € 700,00 por mês. Multiplicando-se esse salário
por 12 meses, você recebe um total de € 8.400,00 por um ano de doze meses.

€ 700*12 = € 8.400,00

Em Dezembro, o generoso patrão cristão manda então pagar-lhe o conhecido 13º
mês.

€ 8.400,00 + 13º mês = € 9.100,00

€ 8.400,00 (Salário anual) + € 700,00 (13º mês) = € 9.100 (Salário anual mais o 13º mês)

O trabalhador vai para casa todo feliz com o patrão.

Agora veja bem o que acontece quando o trabalhador se predispõe a fazer umas
simples contas que aprendeu no 1º Ciclo:

Se o trabalhador recebe € 700,00 mês e o mês tem quatro semanas, significa
que ganha por semana € 175,00.

€ 700,00 (Salário mensal) / 4 (semanas do mês) = € 175,00 (Salário semanal)

O ano tem 52 semanas. Se multiplicarmos € 175,00 (Salário semanal) por 52
(número de semanas anuais) o resultado será € 9.100,00.

€ 175,00 (Salário semanal) * 52 (número de semanas anuais) = € 9.100.00

O resultado acima é o mesmo valor do Salário anual mais o 13º mês

Surpresa, surpresa ? Onde está portanto o 13º Mês?

A explicação é simples, embora os nossos conhecidos líderes nunca se tenham
dado conta desse facto simples.

A resposta é que o patrão lhe rouba uma parte do salário durante todo o ano,
pela simples razão de que há meses com 30 dias,
outros com 31 e também meses com quatro ou cinco semanas (ainda assim,
apesar de cinco semanas o patrão só paga quatro semanas)
o salário é o mesmo tenha o mês 30 ou 31 dias, quatro ou cinco semanas.

No final do ano o generoso patrão presenteia o trabalhador com um 13º mês,
cujo dinheiro saiu do próprio bolso do trabalhador.

*Se o governo retirar o 13º mês aos trabalhadores da função pública, o roubo
é duplo.*

Daí que, como palavra final para os trabalhadores inteligentes.
Não existe nenhum 13º mês.
O patrão apenas devolve o que sorrateiramente lhe surrupiou do salário anual.

*Conclusão: Os Trabalhadores recebem o que já trabalharam e não um adicional.